Melancolia Passageira

Relembrando a primeira mensagem :

Vesti meu casaco roxo, peguei minha máscara de papel e assim sai de casa já era de tarde quase o por do sol, o clima agradável com um o sol não muito quente porém o vento frio indicando que essa noite iria esfriar.
Fiz meu tópico trajeto, desde casa até a lojinha de flores por fim indo ao cemitério visitar minha mãe, coloquei as flores de cerejeira frente a pedra lapidada seu nome no mais alto morro, juntei as mãos e orei por ela, lhe contando o quao só me sentia e que logo iria para o lado dela.
Fiquei o que pareceu uma hora ali com ela, como ainda nao era nem por do sol, desviei meu caminho para meu lugar de paz, entrei no bosque e atravessei os arbustos, me deparei com a plantação de trigo com seus ramos dourados mais alto que Eu, apesar de não enchegar nada pela frente eu sabia exatamente para onde estava indo, é após cinco minutos de caminhada cheguei a pequena estrutura velha porém forte que havia ali.

- ola paz...

Subi os degraus e me apoie com o braço sobre suas estruturas tendo livre visão da vasta plantação de trigo a minha frente que ia tão longe parecendo não ter fim.

- queria... que mamãe tivesse vindo comigo aqui antes...

Minha voz saiu embaçada porém não demonstrava nenhuma expressão ou sentimento, apenas a distância no olhar sem vida.

- ok...
Me levantei e vou para seu quarto me jogo na cama me embolando na coberta com seu cheiro impregnado, de alguma forma me acalmou e não demorei a dormir

Off: eu já vou dormir, amanhã acordo cedo, boa noite

Vejo o garoto ir para meu quarto e começo a sorrir ao vê-lo indo para lá. Termino de fazer a massa do biscoito, lavo minhas mãos e vou ver ele deitado. Fico ali uns minutos e depois vou pro meu escritório resolver mais pepinos da empresa.

Acordei mais tarde na mesma posição que dormir ainda embolado pela coberta, possuem um pouco bocejand, até que me sentei olhando envolta percebendo não ser meu quarto, me levantei e sai andando pela casa meio sonâmbulo sentindo um cheirinho bom e doce, sendo guiado pelo aroma

Mando o último e-mail para empresa e fico mexendo um pouco no computador para ver algumas ações, fico entretido ali por um tempo.

O cheirinho vinha do forno e ao espiar la dentro tinham Cookies, bem assados, desliguei o forno e peguei uma das luvas de pano, tirei a assadeira deixando em cima do balcão.
- oh... alguns estão queimados deixei ali esfriando e fui atrás de Thalles

Dou um pulo curto aí lembrar dos cookies e vou até a cozinha correndo vendo se dava pra salvar alguma coisa.
-Desculpa, eu estava resolvendo coisas do trabalho e esqueci, caramba! Você conseguiu dormir?

- ah, sim, consegui dormir.
Ainda tinha meu cabelo bagunçado e um pouco de sono.
- que horas são?

-Você dormiu meia hora a mais do que me prometeu, espero que você consiga dormir mais tarde. Quer que eu faça outros cookies pra você, ou não pode comer?

Neguei ainda não estava com fome
- espera! Meia hora a mais!?
Fui a passos rápidos até o banheiro, joguei água no rosto e ajeitei meu casaco saindo de la rápido.
- eu... eu tenho ir ao cemitério antes que feche, vem comigo ou vai ficar aqui?

-vai na frente, vou vestir uma blusa rápido e já te alcanço.
Vou em direção ao closet e pego a blusa mais próxima da minha mão e me visto, cololo um sapato rápido e vou atrás do Shino.

- certo
Sai indo na frente à passos rápidos passando em frente de casa e vendo alguns carros estacionar na frente, antes que pudesse ver qualquer um descer do carro passei a correr para me distanciar daquele lugar. Passei em frente à lojinha de flores porém ela já estava fechada então acelere mais o passo

Termino de me arrumar e vou correndo até a direção do garoto, em poucos minutos consigo o alcançar, vejo que ele estava sem flores em suas mãos, procuro um canteiro para pegar um punhado de flores e entrego para o garoto, já perto do cemitério.
-Espero que ela goste de flores colhidas na hora.

Me assustei com sua aproximação mas fiquei contente com seu gesto fofo com as flores
- obrigado
Caminhamos até a lápide me ajoelhado na frente da pedra de mármore, retirei as flores velhas e ressecadas e entreguei as novas para ele colocar.
- mamãe... esse é meu novo amigo Thalles, ele colheu essas flores para você, Thalles essa é minha mãe, Lavínia.
Com um sorrisinho terno juntei as mãos e fechei os olhos rezando por ela

Abaixo a cabeça em sinal de respeito e ao levantar a cabeça vejo uma silhueta feminina colocar a mão sobre as mãos do Shino e encostar a testa na sua. Eu fiquei observando a cena, quando o garoto estava terminando sua oração, a moça sorriu pra mim e se foi.

Abri os olhos cheios de água com uma imensa vontade de chorar me levantei limpando as lágrimas que escorreram
- até amanhã
Me despedi e fui com Thalles para fora do cemitério

Abraço o garoto antes de ir, e o acompanho até a porta do cemitério.
-O que você quer fazer agora?

- não sei.... por mim qualquer coisa está bom, o que você quer fazer ?
Perguntei andando para fora do cemitério a passos lentos

-Quer comer alguma coisa? Ir numa casa de jogos, ou voltar na cabana...
Digo sem idéias, mas no fundo queria ficar em casa assistindo um filme.

- não... que tal a cabana ?
Estávamos perto do bosque é lá era um lugar tranquilo

-Vamos pra lá então, já basta ontem ser agitado, se for hoje também eu não aguento.

- não... agitação apenas um dia sim outro não
Assim que passamos o arbusto não havia mais plantação de trigo naquela parte, e outras cinco ou seis grandes máquinas estavam colhendo o trigo envolta da cabana nos impedindo de chegar até ela
- mas...

-Droga, já era de se esperar, época de colheita... Quer voltar pra casa?
Coloco a mão no bolso inquieto...

- ....
Me virei voltando aos arbustos
- sim, será melhor voltar...
Atravessamos o bosque voltando ao caminho de sua casa

Acompanho o jovem em silêncio até em casa. Chegando lá, tiro meus sapatos e blusa, deixo meu celular, minha carteira e chave na mesa de centro.
-Ainda bem que chegamos a tempo para ver a sua mãe.

- sim... mamãe falou comigo...
Tirei o sapato calçando as pantufas, meu olhos se encheram de lágrimas novamente
- disse que você será bom pra mim...
Levei a mão aos olhos envergonhado mas ainda assim emocionado por ter escutado a doce e suave voz dela em meu ouvido