Melancolia Passageira

Relembrando a primeira mensagem :

Vesti meu casaco roxo, peguei minha máscara de papel e assim sai de casa já era de tarde quase o por do sol, o clima agradável com um o sol não muito quente porém o vento frio indicando que essa noite iria esfriar.
Fiz meu tópico trajeto, desde casa até a lojinha de flores por fim indo ao cemitério visitar minha mãe, coloquei as flores de cerejeira frente a pedra lapidada seu nome no mais alto morro, juntei as mãos e orei por ela, lhe contando o quao só me sentia e que logo iria para o lado dela.
Fiquei o que pareceu uma hora ali com ela, como ainda nao era nem por do sol, desviei meu caminho para meu lugar de paz, entrei no bosque e atravessei os arbustos, me deparei com a plantação de trigo com seus ramos dourados mais alto que Eu, apesar de não enchegar nada pela frente eu sabia exatamente para onde estava indo, é após cinco minutos de caminhada cheguei a pequena estrutura velha porém forte que havia ali.

- ola paz...

Subi os degraus e me apoie com o braço sobre suas estruturas tendo livre visão da vasta plantação de trigo a minha frente que ia tão longe parecendo não ter fim.

- queria... que mamãe tivesse vindo comigo aqui antes...

Minha voz saiu embaçada porém não demonstrava nenhuma expressão ou sentimento, apenas a distância no olhar sem vida.

-Meio que a médica chefe me conhece agora, e ela me deu a sua receita antes do Dr. Fujimoto. Tem remédio para três meses, eu fiquei bem preocupado com a sua situação, então eu fui correr atrás do seu remédio quando você tomava soro.
Digo sorrindo enquanto dirijo até a minha casa.
-coloquei nessa caixa pq ela é própria para remédios que precisa ser refrigerados, fiquei com medo de perder alguns dos medicamentos seus e você ficar sem.

Corei com o que ele disse mas estava feliz
- obrigado.... você é um anjo
O carro parou em frente à minha casa, fechei a caixinha azul de novo e o abracei
- obrigado de verdade

-Espero que isso te ajude, hoje eu vou estar na frente do cemitério te esperando.
O abraço com carinho e olho para o relógio e confirmo o horário, vai dar tempo de fazer a transformação.
-Não vou estar atendendo o telefone, você bem vai entender, então, até mais tarde.

- certo.
Peguei minhas coisas e desci do carro enquanto ele ia embora lembrei que apesar de termos passado um dia juntos não tinham os trocado números de celular, do outro lado da rua vi um GBT 488 preto estacionado, dele desceu meu pai, me me paralizei vendo ele caminhar até mim.
Xuan Rum: quem era ?
- u-um amigo...
XR: era com ele que estava ontem ?
- sim...
XR: a proxima vez que vier aqui faça as devidas apresentações.
Ele passou por mim entrando em casa e eu fiquei lá parado tremendo um pouco, com medo, pensei que fosse gritar comogo e me humilhar como fazia antes

Estaciono o carro na garagem e entro em casa, tiro toda coisa de valor do bolsp e coloco no meu quarto. Deixo um bilhete para Sophi, pois ela viria em casa hoje, então no bilhete explico o que estarei fazendo, com sinceridade, já que ela sabe quem sou. Ligo para meu chefe e falo que não poderei estar resolvendo os problemas por enquanto pois aconteceu um incidente e quando voltar estarei resolvendo os problemas.
Tiro meu sapato e visto uma sandália simples e vou em direção da cabana, num morro atrás da cabana. Chegando lá, finalmente consegui me transformar, se esperasse mais alguns instantes eu estaria exposto.
Passo por uma transformação extremamente dolorosa, em questão de meia hora eu estava em minha forma lupina.
Vou em direção do cemitério como o combinado e sento na entrada.

Só entrei para casa quando tia Olga foi me busca me abraçando, ela pegou as coisas da minha mão e me levou para dentro, Não perguntou o que houve apenas me acalmou com carícias, após um tempo fui para meu quarto e fiquei na banheira dentro da água esfriando a cabeça, só sai de lá quando me sentia melhor.
Me vesti e olhei o horário, já havia se passado duas horas desde que cheguei, fiz meu trajeto até o cemitério passando na lojinha ainda aberta e comprei flores para minha mãe, lentamente caminhei até seu túmulo e troquei as flores.
- oi mamãe...

Segui o garoto até o túmulo de sua mãe, "como ele não me... Ah, entendi". Assim que ele terminou sua oração empurrei a sua perna com a cabeça e estendi a minha para, como quem fosse ajudar ele a se levantar. "Espero que ele reconheça"

Abri os olhos sentindo algo cutucar minha perna, ao olhar levei um susto com um cachorro um tanto grande ali, ele tinha a cabeça baixa e se enfrentava em minha perna, estendi a mal tremendo e fiz carinho no topo da sua cabeça, ele me encarou e vi seus olhos diferentes, eu reconhecia aqueles olhos azuis envoltos de preto.
- Thalles ?
Perguntei surpreso

Acenei afirmando. "Ainda bem que ele me reconheceu!! Espero que ele não se assuste como ontem.."
Dou uma volta ao redor do garoto e vou na frente seguindo o caminho para a cabana.

- hã...
Me levantei seguindo ele sorrindo de lado ao perceber o caminho para a cabana.
- ontem estavam colhendo os trigos, talvez ainda estejam hoje...
Conforme me aproximava não ouvia barulho algum de máquinas, e ao passar os arbustos me deparei com um campo aberto, apenas as folhas da grama dourada caídas sobre a terra, ao longe as máquinas estacionadas e grandes sacos onde estavam guardados o trigo.
- nossa... eles foram rápidos

Entro na cabana e arrasto a sacola de lanches para a gente em seguida me deito perto do garoto, descansando um pouco, já que a transformação é dolorosa e cansativa.

Me sentei a seu lado olhando a sacola de lanches, peguei os doce e fiquei a fazer carinho em seu pelo que cobria minha mão.
-...nao sei se está dormindo, mas depois que você foi meu pai estava p tempo todo estacionado do outro lado da rua nos observando....

Ainda deitado, levanto as orelhas prestando atenção... Por que ele fez isso? Óbvio que não fui nada discreto mas, por que?
Viro a cabeça observando o garoto contar a história é fico intrigado com a história.

Mordo um pedaço da barra de chocolate passando os dedos entre os pelos de sua cabeça os deixando arrepiados
- ele perguntou quem você era, e que se você aparecer por la novamente ele quer as devidas apresentações... isso me assustou muito e me deixou em choque por que nunca antes ele se interessou em algo relacionado a mim

Olho para o rosto do garoto e ao posso pensar que é algum truque de seu pai, é extremamente estranho, e espero que ele não saiba que enfrentei a enfermeira chefe para pegar os medicamentos.

- o que foi ? Não precisa ficar assustado... tem muitas testemunhas na casa para ele cometer um assassinato.
Eu estava com uma expressao completamente vazia ohando o nada e perdido em pensamentos, na verdade era eu quem estava nervoso, quer dizer como eu faria aquilo? Thalles este é meu pai, cara que me espacou várias vezes, gosta de jogar com meu psicológico, grita comigo e me humilha e Xuan Rum este é Thalles  rapaz que conheci a 3 dias atrás, já dormiu em casa, já dormi na casa dele, me levou pra uma boate, inclusive nos agarramos pra valer no sofá dele.
Corei severamente até as orelhas ficarem vermelhas com esse ultimo pensamento, recordando o que aconteceu na sua casa.

Olho para o rosto dele é o empurro com a cabeça por saber o que ele está pensando, sua cara vermelha não deixa mentir, era sobre o beijo que ele deve estar pensando.
Fico de pé perto do garoto.

Vejo sua sombra se mover chamando minha atenção dos pensamentos e levanto a cabeça olhando para ele o apertando com o olhar "o que foi?"

Esfrego minha cabeça em sua testa, como quem faz carinho. Em seguida me deito em seu colo e fico quietinho.

Sorri de lado, me encostei em uma das vigas de madeira da cabana e fiquei a fazer carinho por todo seu pelo
- você é muito fofo

Claro que eu sei que sou fofo, eu sou um lobo. Me esfrego nele e tento descansar mais um pouco, minha cabeça está doendo, na realidade, meu corpo inteiro dói, só amanhã que deve melhorar.

Continuei com os carinhos até que eu mesmo peguei no sono ainda com minha mão enterrada em seu pelo

Sinto o garoto cochilar perto de mim e com a minha boca, puxo a blusa do garoto tentando o acordar, já que está ficando tarde. Espero que ele entenda o recado, é uma porcaria não poder falar...

Acordei ao cair deitado pro lado, Abri os olhos e Thalles me cutucava com o focinho, esfregue os olhos passando uma de minhas mãos por sua cabeça.
- o que foi ?

Fui em direção a saída da cabana, indo pro caminho de casa esperando que o garoto possa me acompanhar. Eu chego em casa e empurro a porta com a cabeça e lá estava a Sophi! A única bruxa da região, que ironicamente descobriu quem sou enquanto me transformava perto da onde ela fazia seu ritual.
Sophi: Ora se não é o Thalles e um garoto o seguindo. Você provavelmente deve ter atraído mais crianças com você, certo?
Balanço a cabeça como se não fosse nada que ela falou, então Sophi reformula a frase.
-É seu amigo então?
Em seguida faço um gesto para que ela se apresentasse.
Sophi: vamos com calma Thalles, uma coisa por vez. Bem, eu sou a Sophia, a mãe que ele adotou em meio de suas transformações, nos damos bem por que somos do mesmo lugar. Para você ver o Thalles assim você deve ser bem importante, aproveite isso garoto... Ah, seu chefe ligou e falou que assim que você voltar é pra entrar em contato com ele.
Apenas balanço a cabeça como se tivesse entendido o recado é olho fixamente para Sophi, ela entendeu o recado em seguida acompanhei Shino até sua casa.