Melancolia Passageira

Relembrando a primeira mensagem :

Vesti meu casaco roxo, peguei minha máscara de papel e assim sai de casa já era de tarde quase o por do sol, o clima agradável com um o sol não muito quente porém o vento frio indicando que essa noite iria esfriar.
Fiz meu tópico trajeto, desde casa até a lojinha de flores por fim indo ao cemitério visitar minha mãe, coloquei as flores de cerejeira frente a pedra lapidada seu nome no mais alto morro, juntei as mãos e orei por ela, lhe contando o quao só me sentia e que logo iria para o lado dela.
Fiquei o que pareceu uma hora ali com ela, como ainda nao era nem por do sol, desviei meu caminho para meu lugar de paz, entrei no bosque e atravessei os arbustos, me deparei com a plantação de trigo com seus ramos dourados mais alto que Eu, apesar de não enchegar nada pela frente eu sabia exatamente para onde estava indo, é após cinco minutos de caminhada cheguei a pequena estrutura velha porém forte que havia ali.

- ola paz...

Subi os degraus e me apoie com o braço sobre suas estruturas tendo livre visão da vasta plantação de trigo a minha frente que ia tão longe parecendo não ter fim.

- queria... que mamãe tivesse vindo comigo aqui antes...

Minha voz saiu embaçada porém não demonstrava nenhuma expressão ou sentimento, apenas a distância no olhar sem vida.

- não, Não é normal....
Inexpressivo olhei para a frente vendo se aproximar do hospital.
- meu remédio acabou, provavelmente vou tomar soro hoje, se não você vai ter um coelhinho emotivo em... esquece
Me lembrei que dali do hospital e iria voltar para casa nem que fosse andando, eu precisava voltar, não podia deixar o pessoal sozinhos muito tempo com aquele monstro

-Seu remédio acabou? Não tem reserva em casa? Ou...
Paro o carro no estacionamento do hospital e olho para Shino preocupado.
-você pode ficar sem remédio quanto tempo?

- Posso ficar até uma semana remédios antes que fique grave a situação, Mas até lá sintomas vem aparecendo...
Soltei o cinto, abri a porta e desci do carro deixando a mochila, Mas conferindo se minha carteirinha hospitalar estava em meus bolsos

-Vai na frente que eu vou arrumar o carro aqui, para sair da área da ambulância.
Espero o jovem sair e arrumo o carro em outra vaga, quando vejo o garoto dentro do hospital, mexo com cuidado na bolsa do garoto e pego seu nome completo para conseguir tirar uma receita pra ele.
Entro no hospital e vou até o balcão e falo com a atendente:
-Boa tarde, gostaria de falar sobre Lu Xuan, o meu sobrinho e queria a receita dos medicamentos do garoto, já que ele está a um bom tempo sem.
Ao ouvir que o garoto estava sem os medicamentos, a recepcionista entrou pra dentro com o nome anotado e conversou com a médica chefe, que veio ao meu encontro para fazer algumas perguntas:
Médica: Você é tio de Lu Xuan? Não te vemos por aqui em suas consultas.
Eu: você também não vê o pai do garoto nas sessões, não é mesmo? Só sei que Shino está sem tomar seus medicamentos e não quero que ele passe mais algum dia sem.
A médica ficou em choque com a resposta e me deu a lista de remédios que Shino precisa tomar.
Médica: Os remédios dele é de auto custo, é muito caro para se comprar e precisa de receita, estou te entregando receita para 3 meses de tratamento. É só ir na farmácia a dois quarteirões daqui que lá tem os medicamentos que está na lista.
Eu: muito obrigado pela ajuda, estarei indo agora para comprar. Tenha um bom dia.
Saio do hospital com a receita na mão, entro no carro e vou até a farmácia que tinham me indicado, comprei os medicamentos para o garoto, para continuar o tratamento por três meses e volto para o hospital. Ainda dentro do carro, colo a caixa de remédios refrigerada perto de sua bolsa e entro a tempo no quarto em que o Shino estava, sem falar o que aconteceu, me aproximo do garoto e o observo cabisbaixo.
-Está desanimado porque? Desculpa a demora, tive que resolver um problema.

Entrei no consultório do médico chefe no último andar.
Médico: Lu Xuan! Como você está?
- estou bem!
Caminhei até a maçã me sentando nela, alguém bateu na porta e uma secretaria entrou.
Secretaria: doutor, Senhor Xuan Rum solicitou uma reunião para daqui meia hora
Médico: certo, logo estarei lá, apenas vou examinar Lu Xuan.
Ela saiu e ele me examinou de várias formas, perguntou se tive sintomas, como eu estava controlando minha dose de remédios, entre outras, acabei ficando sentado na maca com uma agulha no braço tomando soro com o remédio enquanto o doutor estava na reunião com meu pai. Pouco tempo depois Thalles entrou guiado pela mesma secretaria.
- meu pai... está no hospital, convocou o doutor chefe para uma reunião e agora estou aqui tomando soro, É vice não faz ideia do quanto queima, foi esse soro correr minha veia.

Me sento ao lado do garoto e seguro sua mão com calma e olho em seus olhos.
-logo isto não vai te atrapalhar mais, digo, em relação a agulha. Enquanto ao seu pai, mais cedo ou mais tarde ele vai querer minha cabeça numa bandeja de prata, mas não me incomoda se você estiver bem.
Falo lembrando do discurso mais cedo, e provavelmente a doutora vai ligar para ele.

Sorri de lado de uma forma irônica
- não a motivos para ele querer sua cabeça em uma bandeija, tudo que ele mais quer é se livrar do peso morto, bem... quase morto.
Segurei sua mão de volta e regule melhor o controle do soro para passar menos líquido pois aquilo estava queimando de uma forma enlouquecedora
- desculpa vai demorar um pouco até isso acabar

-está tudo bem, eu fico com você até acabar e te deixo em casa depois. Quer comer alguma coisa?
Passo a mão em sua cabeça com calma, mas sinto meu coração despedacar, por não saber o que fazer para tirar o garoto daquele estado.

- ainda não estou com fome
Me aconcheguei nele ficando encostado evitando mexer o braço com a agulha coisa que não deixava eu dormir e só de olhar me djexsva tonto

-não tem nada pra fazer aqui? Nenhuma série pra assistir?

- não....
Fiquei tonto e fechei os olhos até passar.
- tudo que podemos fazer é conversar
abri os olhos após a tontura
- me conte sobre você

-O que você quer saber?
Olho o rosto do garoto um tanto preocupado.

- tudo, seus gostos, o que não gosta, cor preferida, sua família, porque mora sozinho, o que aconteceu co a tribo, sua infância, sabe... tudo

-Gosto de qualquer coisa que não seja vampiro. Perdi a minha mãe em uma guerra entre tribos quando eu tinha 5 anos, então fiquei aos cuidados de Philip, curandeiro da tribo. Conforme me desenvolvi nas atividades de lá, o pessoal notou a minha capacidade de absorção de informações, e me deixaram vir para cá com 18 anos, para estudar. Estudei ciências contábeis em nova York e mudei pra cá em um mês, para tomar conta dessa sede em que eu trabalho. Eu vivo sozinho pq não posso trazer meu "pai", mas me acostumei. Ainda estamos vivendo no interior da Finlândia, se quiser te levo pra lá, sem problemas.

- lá parece legal, talvez um dia eu vá, mas ainda não...

Em meio a conversa o doutor entrou na sala novamente
Doutor: voltei Lu Xuan, desculpe a demora.
Eele se virou apos fechar a porta e viu Thalles a meu lado, eu apenas o encarava.
Doutor: digo, Shino....
- Fujimoto este é meu amigo Thalles, Thalles este é Fujimoto braço direito do meu pai e meu médico particular

-Prazer em conhecê-lo, e obrigado por cuidar desses garoto doido.
Sorrio de forma discreta por causa das presas muito grande.

- eu nao sou doido, sou normal..
Fujimoto riu com a brincadeira e sentou na cadeira mexendo no computador.
F: Shino vou te entregar a lista de medicamentos, depois é só passar aqui no andar de baixo e falar com a Janim, ela vai te entregar as doses exatas.
- ok
Á impressora ligou e dois papéis começaram a sair, ele grampeou ambos e entregou a Thalles.
F: Cuide bem do Shino, três dias sem o remédio ele fica muito sensível apesar de não expressar.
- falta muito eu tô cansado d educar aqui.
F: falta, só se passaram 30 minutos
Ele confere a bula do soro e volta para soltar mais líquido e meu braço volta a queimar, coloquei a testa no ombro de Thalles com os olhos fechados não ficando quieto apenas aguentando a queimação.
F: é, vai queimar um pouquinho, quando acabar melhora

Pego a receita e vejo que são os mesmos medicamentos que eu peguei mais cedo, ainda bem que peguei as coisas certas. Passo a mão na cabeça de Shino enquanto ele deita sua cabeça em meu ombro e continuo a analisar se deixei alguma coisa de fora.

Ficamos lá por mais meia hora por vezes conversando entre nós três até Fujimoto parar e continuar com o serviço pelo computador, nesses momentos eu apenas falava com Thalles e em outros preferia ficar calado por causa da dor, até que finalmente terminou.
F: pronto, já está liberado
- até que fim
Me levantei da cama ainda me apoiando nela com as pernas bambas por ficar muito tempo sentado

Me levanto da cadeira e vou até Shino e estendendo a mão para ajudar a se apoiar. Olho o crachá do médico para me recordar do nome.
-Muito obrigado Dr. Fujimoto.
Espero Shino se levantar para se apoiar em mim.

Me encosto nele caminhando lentamente me despeço do médico e vamos para o estacionamento
- espera... os remédios...

-Não se preocupe com isso, vamos pra casa, mais tarde voltamos, tenho uma coisa urgente pra fazer.
Falo tentando distrair o garoto para irmos para o carro logo.

- certo...
Me acomode no banco e passei o cinto por vezes observando elê dirigir, porém a maior parte prestei atenção no caminho

-Pega a caixa azul perto da sua mochila e vê se as coisas estão tudo certinho pra mim, preciso entregar hoje.
Falo ainda fazendo suspense e ansioso pela sua reação.

Com um pouco de dificuldade me virei no banco e peguei a caixa azul.
- como deve estar certo aqui?
Abro a tampa e vejo várias caixas de remédio e alguns comprimidos soltos.
- nossa, quanto remédio...
Ao olhar bem recomeço aquelas caixinhas, pego um olhando, reconhecendo meu nome gravado, pego outro e outro, eram meus remédios....
- como?... como conseguiu eles? Nos não fomos buscá-los.