Melancolia Passageira

Relembrando a primeira mensagem :

Vesti meu casaco roxo, peguei minha máscara de papel e assim sai de casa já era de tarde quase o por do sol, o clima agradável com um o sol não muito quente porém o vento frio indicando que essa noite iria esfriar.
Fiz meu tópico trajeto, desde casa até a lojinha de flores por fim indo ao cemitério visitar minha mãe, coloquei as flores de cerejeira frente a pedra lapidada seu nome no mais alto morro, juntei as mãos e orei por ela, lhe contando o quao só me sentia e que logo iria para o lado dela.
Fiquei o que pareceu uma hora ali com ela, como ainda nao era nem por do sol, desviei meu caminho para meu lugar de paz, entrei no bosque e atravessei os arbustos, me deparei com a plantação de trigo com seus ramos dourados mais alto que Eu, apesar de não enchegar nada pela frente eu sabia exatamente para onde estava indo, é após cinco minutos de caminhada cheguei a pequena estrutura velha porém forte que havia ali.

- ola paz...

Subi os degraus e me apoie com o braço sobre suas estruturas tendo livre visão da vasta plantação de trigo a minha frente que ia tão longe parecendo não ter fim.

- queria... que mamãe tivesse vindo comigo aqui antes...

Minha voz saiu embaçada porém não demonstrava nenhuma expressão ou sentimento, apenas a distância no olhar sem vida.

Me sento com ajuda do garoto, me levanto da cama e fecho os olhos ao pisar no chão, pré sentindo a dor, mas só senti uma dor leve. Bati o pé no chão e estranhamente estava melhor. Bati no gesso do braço e só sinto uma fisgada de leve... Vou até o closet e arrumo minha roupa ainda inconformado. Vou até o banheiro do meu quarto tirar a faixa da cabeça, no meio da falha do cabelo, o machucado parecia está só na parte superficial. Parece que minha energia vital voltou... Aquela queimação... Aquela sensação era por causa dele?
Sento e fico em choque com o acontecido. Espero o garoto entrar no box para tomar banho e eu tomo o banho na pia, seguindo o que haviam me ensinado. Termino de me limpar ao mesmo tempo do Shino e resmungo.
-não me olhe assim, eu também odeio tomar banho dessa forma, se é que posso chamar de banho.

Tomei meu banho demororado lavando bem o corpo para tirar todo o sêmen seco enrolei a toalha na cintura e sai do box acabando por me ver no espelho e me assustando com os vários pontos todos por meu corpo, era como picadas de sanguessuga principalmente pelos ombros porém a cena que mais me chocou foi Thalles banhando de cavaquinho na pia cópia mão no rosto contendo com um sorrisinho no lábio contendo a gargalhada
- vem ca beberão, vou te dar um banho decente
Puxei ele pelo braço o colocando em baixo do chuveiro com água fria

-Gelado dói, droga.
Arrumo a temperatura bem quente e tomo um banho rápido, com dores leve na cabeça. Me visto rapidamente com uma bermuda e camiseta, olho fixamente pro garoto como quem vai pagar caro mais tarde.
Vou em direção da cozinha e me sento em volta fo balcão junto ao Shino e como minhas torradas, assim que termino de tomar o café, lembro de uma coisa que precisava falar com ele.
-Precisamos ir ver a sua mãe

Ri com a reação dele passando a esfregar aspartes de seu corpo onde era difícil para ele, após o banho complicado dele vestimos roupa no meu caso coloquei algo leve um short ate metade das cochas e um blusão sem manga.
Não quis comer nada porque o almoço ja estava próximo então bebi apenas um copo de leite.
- minha mãe.... ah! Meu Deus! Era pra mim estar na casa da Olga, ela estava me esperando ontem e não avisei ela, sem falar que meu pai ainda está me monitorando ele mandou eu avisar quando estivesse com ela

-Quero que eu chame um táxi pra você? Pq não posso te levar lá porque estou sem carro...
Sento e fico esperando o garoto se resolver, já que ele vai ficar um curto tempo aqui precisa visitar as outras pessoas o mais rápido possível.

- sim por favor
Voltei para o quarto pegando meu celular porém ele estava descarregado peguei meu casaco roxo porque né, meus ombros estavam lindos pra sair exibindo por aí, pelo menos os meus estavam parecendo picadas diferente do pescoço dele que parecia um grande hematoma.
Voltei para a sala onde fiquei esperando o taxi com ele
- quer ir comigo?

-Eu vou sim, vou procurar um sapato.
Sorri de forma irônica e fui para o quarto, pego um tênis cinza para combinar com a bota que envolvia o gesso e volto em direção do garoto.
-O bom de ter gesso é que eu posso sair por aí com hematomas.
Começo a rir da cara do garoto quando vejo seu ombro marcado. Não demora muito e o táxi chega e volto em minha postura profissional e entro no táxi com pouco de dificuldade por conta do gesso.

Dou risada das suas piadas e entro no carro com ele passando o endereço para o motorista, demorou um pouco para chegar pois a casa dela era do outro lado da cidade, parou em frente a uma casa simples desci do carro e ajudei Thalles, bati na porta e Olga a abriu me abraçando apertado
Olga: bem vindo querido, que saudades!
Ela me soltou e entrei enquanto ela comprimentava Thalles

Saio do carro com ajuda do garoto, vou em direção às porra da casada Olga e converso um pouco com ela, em seguida entro com ela na casa e presto atenção nos detalhes, que era simples mas bem cuidado.

Comprimentei tio Pedro e suas sobrinhas que também estavam na casa, aproveitei o telefone e avisei meu pai que estava na casa dela e não liguei antes porque meu celular descarregou.
Olga: Shino onde estão suas coisas?
- Ah... eu vou ficar na casa do grandão - me referi a Thalles - ontem fui direto para casa dele porque fiquei sabendo que ele bateu com o carro, então estou cuidando dele.
Pedro: rapaz se precisar de ajuda é só nos ligar alguém pode ir ver como você está.
As meninas ficaram na porta conversando baixinho entre elas com olhares de canto em nossa direção

-Agradeço pelo carinho Sr Pedro, mas a pior parte já passou, que era perda de memória temporal.
Falo olhando para o garoto, sorrio e completo a linha de raciocínio.
-É triste esquecer momentos, mas ainda mais triste é esquecer quem sempre foi querido conosco. Por sorte não me esqueci de vocês.

Corei com o que ele disse ainda mais depois que as meninas soltaram gritinhos tio Pedro reclamou do barulho e elas ficaram quietas
P: estão com fome? Preparei uma torta de chocolate sua favorita
Ele olhou pra mim e piscou acenti animado e ele foi pegar um pedaço para mim, tia Olga sentou a meu lado
O: Shino, seu aniversário está chegando, você vira passar ele conosco certo?
- sim! Claro
O: será independente e poderá deixar seu pai na Inglaterra e morar para cá
Eu não sabia o que responder por sorte tio Pedro voltou com a torta em base de bolacha e musie de chocolate me entregou um pratinho com dois pedaços e um pratinho para Thalles

Fico sem jeito ao escutar os gritos e fico ainda mais vermelho ao lembrar o que eu tinha esquecido. Presto atenção à conversa, eu nem sabia o aniversário do garoto, que coisa mais idiota que eu fiz...
Agradeço pela torta e degusto enquanto presto atenção na conversa, procurando mais informações.

- tia Olga... não se preocupa eu vou dar um jeito
Ela me abraçou e eu a abracei de volta, depois passando a comer a torta
- tio Pedro está maravilhoso!!

-Quando que a comida do Sr Pedro não está boa? Ele tem o dom de agradar todos os estômagos, incluindo o meu que se lembra perfeitamente do bolo que ele preparou quando dormi na casa do Shino... Hmmmm

P: se quiser te passo a receita depois
Continuei comendo minha torta não prestando atenção na conversa eu estava em outra dimensão viajando no sabor

-Eu aceito, espero que a Sophi não me mate por estar trocando o bolo dela.
Começo a rir sem jeito, mas depois mudamos de assunto e começamos a falar acontecimentos de nossas vidas.

O: Shopi?
- é a mãe dele.
P: bem acho que ela nao vai se importar
Entreguei o prato para Pedro pedindo mais dois pedaços
P: o que aconteceu com você Shino? Antes não conseguia comer mais que um pedaço e meio.
- é que estou melhorando, comecei um outro tratamento que Thalles me passou eu estou muito mais forte, inclusive estou fazendo academia

-Na realidade é mãe adotiva, eu perdi minha mãe, ela o filho dela, é o acaso nos colocou no mesmo caminho.
Termino de comer a torta de chocolate e continuo a falar .
-Foi um tratamento que eu e a Sophi corremos atrás sem ele saber, passamos uma semana fora conversando com outros médicos, fiquei feliz que deu certo.

- sim, sim eles me ajudaram bastante.
Sorri ao receber outro prato de torta tendo saliva escorrendo por meu canto da boca passando a me deliciar novamente viajando para meu mundo paralelo
O: eu lhe agradeço Thalles, ele está diferente não parece mais aquele garoto franzino, obrigado meu jovem.

-Não precisa agradecer, eu prometi cuidar dele, agora eu não posso fazer muita coisa por ele estar morando longe e eu estar todo quebrado, mas farei o que der para manter ele bem.
Digo passando a mão no cabelo de Shino devagarinho.

P: você é um bom rapaz, isso nos deixa aliviados
O: diferente do...
Ela nega com a cabeça mandando o pensa e tô embora e eu termino de comer entregando o pratinho para Pedrme levantando do sofá
- bem acho melhor a gente ir, tenho que ir no cemitério e ainda nem gravei os horários dos remédios dele
P: Ah que isso... fiquei para o almoço, está quase pronto depois vocês vão
O: sim, fique mais um pouco

-Olha, remédio nenhum resolve se não estiver com a barriga cheia.
Sorrio para o Shino como um convite pra ficar mais um pouco.
-Esta tudo bem, eu tomei o remédio antes de sair, o próximo é daqui 5 horas, dá tempo.

- certo...
Voltei a me sentar conversando com Olga novamente com vários assuntos diversos até tio Pedro avisar que estava pronto, ele serviu o almoço na mesa e chamou a todos para comer

Fico escutando atentamente a conversa e de repente Pedro chama. Foi a melhor coisa que escutei de alguém que não tenho contato, a frase "Venha comer".
Fui até a mesa com um sorriso de orelha a orelha, com saudades da comida do Pedro, espero todos se servirem e me sirvo por último.