Quarto 102

*Cheguei no internato pela manhã, ainda cansado do dia anterior. Aquela viagem para Milão havia realmente sido cansativa... Fui direto para a portaria, tentando ignorar os olhares e frases curiosos;

-Ei, aquele ali não é...

-O Akira Murata?

-O modelo?

Ouvi diversas variações dessas frases, corando ligeiramente e indo até a secretaria, pegando minha chave. Fui para o andar dos dormitórios, abrindo a porta de meu quarto e entrando no mesmo. Coloquei minha bagagem ao lado de um dos armários, tirando meus coturnos e deitando em uma das camas. Suspirei ao perceber que haviam duas camas, resmungando.

-Espero que seja alguém legal... -Murmurei, pegando o celular e mexendo, ainda sonolento.*


(Só para constar, sou uma conta alternativa do Yoshiaki hehe =P)

*Ia a arrastar a segurar a minha pequena mala, dirigindo-me ao meu quarto, já consciente de que estaria lá mais alguém. Ouvia murmurinhos sobre mim, como o porquê de estar lá uma rapariga se era um internato masculino, mas resolvi ignorar. Para mim era como se estivesse um silêncio ensurdecedor nos corredores. Abri a porta e entrei, pousando a minha mala na cama e tirando os sapatos largos e usados, além de sujos, ficando só de meias. Fiquei sentado daquela maneira, sem fazer mais nada.* - Natsuru... Hagane... - *Disse, simplesmente, voltando a ficar calado e parado, apático.*



Sim, eu já tinha deduzido isso pelo "cachorrinho". ^^ Sorry, mas eu gosto de ler os rp's das outras pessoas! São todos tão diferentes, é emocionante~!

Ah, e para que conste, aqui o Natsuru só tem 14 e tem metro e meio de altura.

*Ao perceber a presença de alguém no quarto me sentei na cama, esfregando os olhos. Fitei o garoto por alguns instantes, sorrindo de canto.

-Olá, me chamo Akira Murata. -Falei, ainda com um sorriso tímido. Percebi que ele parecia meio entristecido, o que me fez erguer uma sobrancelha. -Ei, você está bem? -Perguntei, fitando-o preocupado. *

Sem problemas, eu também gosto de ver alguns rp's xD Em contraposto o Akira tem 16 anos e mais ou menos 1,80 de altura, já que ele é modelo =P

*Assenti quando ele me perguntou aquilo, permanecendo imóvel.*


Ah, tipo... Aqui o Natsuru é apático 90% do tempo, só mostrando emoções como medo e raiva (só quando o chateiam mesmo, mesmo muito). É mais ou menos a mesma história do nosso rp com o Rei - QUE AINDA CÁ ANDA - mas sem o Junya... E o coitado entrou em choque, viveu num orfanato uns anos depois do maldito ter sido preso e isso só piorou as coisas e blá, blá, blá. Basicamente, vai ser preciso MUUUUUUUITO para o fazer voltar a ser normal... Vai ser tão windo~!

*-Tem certeza? Precisa de alguma coisa? -Perguntei, afastando de forma delicada os cabelos de seu rosto, fitando-o de forma preocupada. -Você parece assustado ou preocupado, tem certeza que não precisa de nada? *

Ah sim, será simplesmente lindoo *u* assim é bom que quando o Natsu gostar do Akira vai realmente gostar dele, sem precisar apressar ou forçar nada hehe :3

*Assenti novamente, afastando-me ligeiramente para ele não me tocar daquela maneira. Fechei os olhos e levei a mão à boca, bocejando silenciosamente, deitando-me sobre cama encolhido.*

*Suspirei fundo, fitando-o preocupado. Levantei lentamente e fui para o cozinha, preparando uma caneca de chocolate quente. Coloquei a de chocolate em uma bandeja, juntamente de um misto quente e um copo de suco de laranja. Trouxe a bandeja, colocando-a em cima da cômoda ao lado da cama dele.

-Se estiver com fome. -Falei, acariciando seus cabelos por um momento, me afastando logo em seguida. -Se quiser mais alguma coisa pode falar comigo.

Voltei a deitar na cama, mexendo em meu celular. *

*Assenti e fechei os olhos, encolhendo-me incomodado com a carícia. Estava num impasse: comia ou não? Ele preparou aquilo para mim... Mas podia estar envenenado... Passado quase uma hora sentei-me lenta e silenciosamente, começando a mordiscar a sanduíche que já estava frio àquela altura. Comi tudo menos o sumo, já que MISTURAR CITRINOS E LEITE NÃO ERA BOA IDEIA e voltei a deitar-me. Passada outra hora, vendo que aquilo não estava envenenado, agradeci-lhe baixinho.*

*-De nada. -Falei, sorrindo. -Eu vou tomar um banho rápido, se precisar de alguma coisa pode ir lá me chamar ok?

Me levantei, indo até minha bagagem e tirando uma roupa e indo até o banheiro, trancando a porta. Tomei um banho rápido e escovei meus dentes, me secando e vestindo uma cueca boxer preta e uma calça de moletom cinza, juntamente de uma regata branca. Saí do banheiro já vestido, os cabelos compridos arrumados em um coque bagunçado. Deitei na cama, voltando a mexer no celular, fitando-o discretamente.*

*Por aquela altura já tinha adormecido, um sono leve e cauteloso, inconscientemente atento a todos os ruídos.*

*Logo coloquei meu celular em cima da cômoda, me deitando de costas para ele, me cobrindo com o lençol e cochilando, cansado.*

*Acordei a meio da noite e, ouvindo ruídos, fui fechar-me no armário, encolhido, no entanto um pouco do meu cabelo escapava pela porta, denunciando-me. Passei ali o resto da noite, dormindo encolhido.*

*Acordei ainda de madrugada, com barulhos. Vi o que parecia ser o cabelo de Natsuru saindo pela fresta do armário, o que me intrigou. Levantei e fui até o guarda-roupa, abrindo a porta. Vi que ele dormia e então peguei-o no colo com facilidade; apesar de eu ser muito magro conseguia carregá-lo sem dificuldade. Coloquei-o na cama e o cobri, voltando a me deitar.*

*Assustei-me ao sentir alguém tocar-me, acordando e ao reparar que era ele, contendo-me para não lhe espetar a unhas nos braços. Tentei relaxar para que ele pensasse que estava a dormir, o que pensei resultar. Assim que ele me pousou apenas permaneci com os olhos abertos, tremendo um pouco e olhando para todos os lados, atento a cada movimento e ruído. Não dormi toda a noite, de manhã tendo os olhos vermelhos e olheiras.*

*Acordei somente pela manhã, ainda sonolento. Me levantei lentamente, esfregando meus olhos para afastar o sono.

-Bom dia... -Murmurei, indo até a cozinha. Fiz uma caneca de café e uma de chocolate quente, juntamente de torradas com ovos fritos para Natsuru e peguei uma maçã, já que eu estava de dieta. Fui até a porta, fitando-o sem reparar de imediato em seu estado. -Você está com fome? *

*Neguei com a cabeça, agora começando a acalmar-me ao perceber que era de manhã. Lentamente senti os olhos fechar-se... No entanto, tinha desmaiado, não adormecido.*

*Estranhei que ele caiu repentinamente no sono, colocando a comida dele em uma bandeja e pondo na cômoda ao lado da cama dele. Fui até o banheiro e peguei a toalha de rosto, umedecendo-a e voltando para o quarto, sentando na beira de sua cama e molhando delicadamente seu rosto, fitando-o preocupado.*

*Sentindo o frio no meu rosto e começando a ganhar consciência virei-me de bruços, agora num sono pesado e cheio de pesadelos.* - Mmn... - *Dava queixumes dolorosos, como se estivesse a sofrer.*

*Suspirei com aquilo, apoiando minha cabeça na mão e admirando-o. Levei minha mão livre para seus cabelos e fiquei acariciando-os, sem saber ao certo o que fazer.*

*Passados uns minutos comecei a acordar. No segundo em que realmente senti a mão dele na minha cabeça, agarrei-a num reflexo, com unhas e tudo, virando-me rapidamente para o dono dela, arfando irregularmente e encarando-o com medo e terror escrito por todo o rosto, alguns rastos de lágrimas nas bochechas, além das olheiras e dos olhos vermelhos. Não largava a mão dele, a minha própria tremendo.*

*-Ei, fica calmo. -Pedi, segurando sua mão entre as minhas, sem importar se ele me arranhava, acariciando-as. -Tiveste um sonho ruim foi?*

*Aquela última frase só me deixou mais instável, eu arrancando a minha mão das dele, cobrindo-me com o lençol totalmente, como se fosse desaparecer. Tremia imenso, pensando nas consequências que aquela ação de auto-defesa poderia ter, mas... Eu estava com tanto medo...*

*Suspirei fundo, voltando a apoiar a cabeça na mão.

-Ei, eu não vou te machucar se esse é o seu medo, eu prometo. Só quero te ajudar. -Falei, fitando-o, embora ele estivesse coberto.*

*Apenas me encolhi mais. Mentiras, aquilo eram tudo mentiras! Ele apenas dizia aquilo para que eu baixasse a guarda e para fazer-me aquelas coisas depois... Era sempre assim...*

*Apenas suspirei de novo, sem saber o quê fazer.

-Olha, por favor, eu não vou te fazer nada, não vou sequer encostar em você, só quero te ajudar... -Falei, fitando-o preocupado.*