Harry x Nic

Relembrando a primeira mensagem :


A noite anterior tinha sido uma droga. Tinha saído com Emilly, prometeu que a levaria para jantar mesmo não querendo e logo depois de deixá-la em casa seguiu direto para uma pub obviamente na intenção de beber. Não acabou completamente bêbado, mas alto o suficiente para chegar em casa e causar um desastre como de costume.

Para seu azar, seu pai ainda estava acordado e não ficou muito feliz com a cena do filho chegando no meio da madrugada cheirando a álcool. Não era do feitio do homem usar agressão, mas acabou perdendo a pose e se descontrolando ao agarrar o mais novo pelos braços com brutalidade e o chacoalhar, o que gerou uma confusão barulhenta o suficiente para acordar o restante da casa, o que apenas piorou as coisas para Nicholas, que como sempre, saiu como culpado e sumiu para dentro de seu quarto, estressado e pilhado demais para conseguir dormir.

Acabou passando a madrugada inteira em claro a base de cafeína enquanto mexia nas fotos, saindo daquele transe apenas com o despertador do celular indicando que já teria que se arrumar para a maldita aula. Não queria ir, nunca queria, mas ficar em casa e gerar mais brigas seria mais desgastante, então optou por apenas aceitar.

O garoto normalmente era minimamente vaidoso, mas nesse dia seu ânimo para se arrumar era inexistente, logo, apenas tomou um banho rápido, vestiu a calça jeans com rasgos qualquer, uma camiseta preta e simplesmente colocou os piercings já que mesmo desanimado ainda queria dar aquela desgosto aos pais. Sem perfume, sem cabelo ajeitado.

Quando segue para a sala de jantar ondo todos tomavam café, já podia sentir aquele clima pesado de sempre e escutar as conversas chatas de negócios.


— Bom para quem? — responde de forma ríspida, se sentando.


Ela apenas suspira e desiste enquanto seu pai apenas o olha com o canto dos olhos, o mesmo olhar acusativo de sempre.

Toma seu café da manhã em silêncio, ignorando todos ali e enrolando o máximo de tempo possível.


— Estou.

E com isso apenas se levanta sem olhar para o pai que lhe perguntou aquilo, dando as costas.


— Não.

E de novo a mulher apenas suspira e ele caminha até a garagem, jogando a mochila de qualquer jeito no banco do passageiro e ligando o carro para poder dirigir até a universidade.

Sabia que já estava atrasado, mas não fazia questão de se apressar, afinal, nem pretendia prestar atenção na aula para início de conversa. Quando chegou na porta da sala, entrou sem prestar muita atenção ao que acontecia, distraído nos próprios pensamentos até perceber que o professor já estava de pé em frente a lousa, provavelmente iniciando a aula.

— Com licença.

Apenas diz baixo e sem ânimo para seguir até o fundo da sala.


Escutou a voz de um de seus amigos mais próximos da sala perguntar e então o encarou sem sorrisos, estressado.

— Não enche meu saco, 'to sem paciência hoje.


A risada do outro apenas o fez revirar os olhos e se sentar em seu lugar, cruzando os braços encima da mesa e deitando a cabeça ali para tentar descansar o mínimo, já que não tinha dormido nada, sua cabeça doía e seu humor estava péssimo. Não estava nem aí para aquela aula, só esperaria o tempo passar.

Não percebeu que havia cochilado, acordando apenas com alguém o balançando pelo ombro.


Pisca algumas vezes para voltar a realidade quando a garota o chama com aquele sorriso simpático e então se afasta um pouco de seu toque, se esticando para poder pegar as coisas e levantar.

O ouviu responder aquilo com o mesmo sorriso convencido em lábios, ainda com as pernas um pouco bambas, o vê se levantar do chão, para se sentar ali, ainda sendo observado pelo mais velho.

Se perguntava realmente como era possível estar adorando aquilo, talvez fosse um tipo de fetiche obscuro que nunca notou ter, mas foder a boca de um estudante havia sido muito mais erótico do que esperava, mesmo que fosse errado — principalmente por estarem na escola. Não imaginava que aquelas provocações em meio a semana tinham mexido tanto consigo.

Um pouco mais organizado, arrumou as roupas e tentou ao menos recuperar o ar quando ambos saíram ali de dentro, ouvindo o tom de deboche na voz do outro e apenas estreitando os olhos, irritado, sabendo que talvez aquele garoto estivesse certo — seria difícil se concentrar.

Já esperava um comentário como aquele, mas, tentaria não se importar, mantendo em mente que aquilo foi apenas um devaneio a qual não iria se repetir, lavou as mãos na pia com agua fria e enxaguou o rosto ainda quente de tudo que havia acontecido, respirando fundo olhando seu próprio reflexo.

" eu só posso estar enlouquecendo "

Harry sabia que tinha um problema pela frente, principalmente quando se tratava de seus desejos, talvez por ser um homem tão reprimido em sua sexualidade aquilo tivesse um efeito rebote horrivel em si. Ele tinha muito mais desejo do que gostaria, e agora, o culpado de tudo aquilo parecia ganhar um sobrenome.

Afastando tudo isso para longe, saiu do banheiro a fim de chegar a sala dos professores, tomando um café rapido para repor a sanidade, tentando afastar de si o que havia acontecido mas não conseguindo tirar aquela frase provocante de sua cabeça "Tem muito mais de onde veio esse boquete"


Tomou um leve susto quando uma das professores de outra turma falou consigo, se ajeitando na cadeira para olhar para a mulher de meia idade, apenas acenando positivamente

— Apenas abstinência, eu estou tentando parar isso

Comenta, tirando no bolso a caixinha de cigarro caro, obvio que era uma mentira — ele não pretendia se livrar desse vicio tão cedo — mas precisava de uma desculpa boa o suficiente.

Teve que continuar aquela conversa por mas quinze minutos já que a mulher também era uma ex fumante, logo, fugindo dali para seguir para fora do colégio já que precisava se acalmar, fumando antes de sua próxima aula em uma sala vazia, contra a janela, apenas tomando um ar.

Aquilo tudo o que aconteceu tinha sido bom, mas o garoto estava bem longe de se satisfazer só com um boquete. Queria mais, queria Harry o tocando, e teria que ter paciência até conseguir o que desejava.

Tinha prometido que levaria Emily para jantar naquela noite, e que esperaria até que suas aulas acabassem, o que era um porre já que não tinha nada para fazer de interessante no campus, e Nicholas até tinha pensado em ir até a sala da garota e esperá-la lá, no entanto, assim que passou em frente a uma das salas vazias, parou de imediato.

O próprio Harry estava fumando ali, e ficar ali seria muito mais interessante do que assistir uma aula chata qualquer. Com aquilo em mente, se aproxima da porta.

— Fumando aqui dentro?

Pergunta apenas para chamar atenção e mostrar que estava ali, mas assim que ganha sua atenção, levanta as mãos ao lado do rosto como se estivesse se rendendo.

— Eu vim em paz, prometo.

Abaixa as mãos e então caminha para dentro, com a expressão mais tranquila do que o normal, apenas com um sorrisinho de canto para não demonstrar nenhuma segunda intenção que o espantaria dali. Não era hora.

— Só estou entediado.

Se aproxima da janela, apoiando as costas ali e ficando ao seu lado, o olhando.

Só queria um pouco de paz enquanto fumava aquele cigarro quando ouve alguém entrar pela porta atrás de si, virando o corpo e dando de cara com Nicholas, o motivo da sua cabeça estar um caos.

— Cai fora

Responde, amargurado, o vendo se defender mas não retirando o que havia falado — queria mais que o outro sumisse da sua frente — Mas, sabia que ele não faria, apenas tragando mais uma vez enquanto ouvia o sinal bater, fechando os olhos enquanto sentia o clima frio da janela.

—Você chupa os professores quando esta entediado ?

Perguntou, abrindo os olhos e fitando os do outro, aveludados e finos por ser bem obvio sua descendência japonesa — principalmente pelo seu sobrenome — tragando mais uma vez para deixar com que a fumaça saísse de seus lábios em direção ao outro, nada amigável.

— Tentou me socar semana passada garoto, o que deu em você ?

Estava realmente integrado para ouvir a resposta do outro, de cima a baixo o jovem realmente não tinha uma má aparência e Harry gostava do que vira, mas, ainda não enxergava motivos para aquilo ter acontecido, principalmente quando não escondia em nenhum momento a aliança dourada de suas mãos.

Se surpreendeu com aquela reação, não escondendo seu choque por alguns segundos ao escutar aquela provocação, estático no lugar por um tempinho até reagir, ofendido.

— E você fode a boca dos seus alunos no intervalo das aulas? — retruca cruzando os braços, ainda o encarando.

Era certo que foi Nicholas quem provocou tudo aquilo, a semana inteira, mas ele não havia feito aquilo sozinho, não era o único culpado naquela história já que se o mais velho tinha aceitado aquela situação, foi porque quis.

Acaba suspirando com aquela pergunta, ainda incrédulo com aquilo, imaginando que o maior já tinha superado aquela idiotice, mas aparentemente estava errado.

— Eu já disse que estava bêbado, eu nem lembro porque eu puxei briga com você, e já pedi desculpas, o que mais você quer? Eu achei que estava meio óbvio que não tenho nada contra você.

De fato, naquele dia mesmo na aula o garoto simplesmente estava de mau humor, provavelmente foi aquilo que acabou ocasionando a briga no bar, mas aquela história já não tinha importância alguma.

— E eu acho que você sabe bem como é ter que fingir ser alguém que você não é, e não poder ficar com pessoas por quem você realmente sente atração a não ser que seja escondido. — desce os olhos até a aliança do outro de forma rápida e então sobe de volta a seu rosto — Acontece que no meu caso é um professor, o que eu posso fazer?

Não adiantaria nem tentar fingir que era heterossexual, o próprio Nicholas era gay se passando por um, sabia identificar outro como ele e com certeza Harry era assim.

Quase se sente indigesto ao ouvir a resposta do outro — realmente tinha sua parcela de culpa bem alta ali — mas mantendo a expressão fria em seu rosto, continuou o fitando até que terminasse de falar, queimando a bituca de cigarro no parapeito da janela, ainda em silêncio.

— Você sabe o que eu acho que deveria fazer, Nicholas, esquecer é um bom começo

Falava de modo serio, sabendo que até a algumas semanas atrás o garoto provavelmente não saberia nem o seu nome e que seria muito melhor ter continuado daquela forma, mas, também conhecia aquele olhar indignado, sabia da indole do rapaz e de certo modo podia se ver um pouco nele, mais jovem e perdido sem perspectiva de ser quem realmente era. Decididamente um futuro horrivel aguardava o outro.

Tendo ciencia disso, deixou a janela ao caminhar na direção do outro, de frente a ele, ficou proximo o suficiente para que não pudesse apenas fugir, olhando para o menor enquanto pensava um pouco já que podia ver o quão irritado estava daquela forma, respirando fundo, Era loucura mas Harry podia realmente se sentir atraido pelo outro.

- Mas você não precisa esquecer se for honesto comigo, sem mais joguinhos, Nicholas, o que quer de mim ?

Ele sabia que nenhum dos dois conseguiria esquecer o que aconteceu naquele banheiro, e mais do que isso, Nicholas não queria esquecer, e por um segundo se frustra com aquilo, apenas para se animar mais instantes seguintes ao ver o mais velho se aproximando de si e perguntando aquilo.

— De você eu não quero nada. — responde, dando ênfase no "de" — Agora, com você...

Milhares de coisas obscenas passaram por sua cabeça naquele momento enquanto dava um passo para mais perto de Harry, ficando agora praticamente colado ao outro. Não daria para trás logo agora que as coisas começavam a seguir um rumo que o agradava.

— Eu quero mais do que aconteceu hoje, bem mais. — responde, alternando o olhar entre seus olhos e seus lábios — Eu quero alguém com quem transar de verdade, sempre que a gente bem quiser, ninguém vai saber.

Não era como se Nicholas nunca tivesse se relacionado com homens as escondidas, fazia aquilo sempre que se sentia em seu limite, dessa vez entretanto, seria melhor, e mais arriscado, o que tornava as coisas estranhamente mais interessantes.

— Sem joguinhos.

Dizia aquilo de forma séria, encarando seu rosto de perto, talvez perto até demais, mas não queria que o outro recuasse ou achasse que era alguma brincadeira de mau gosto.

O observou se aproximar daquela forma sem recuar, sentindo-se tão proximo do outro que podia ter certeza que Nicholas estava emitindo tanto calor quanto ele proprio, ambos podiam queimar vivos de tão quentes com aquela aproximação, principalmente quando aquelas palavras sairam do outro.

Aquilo confirmava o que ambos queriam, bem mais que aluno e professor, era um convite bem obvio para se deixar levar pela luxuria ali — e Harry sabia tanto quanto o outro que desejava aquilo. Podendo quase palpar a lascividade que o mais novo emanava, se aproximou mais, evidentemente o peitando até que fosse obrigado a se apoiar contra a janela novamente, o encarando de perto.

Sabia que provavelmente seu rosto sempre tinha uma expressão seria e de raiva, cansado da vida que levava, mas, naquele momento se sentia ainda mais evidenciando isso pois no fundo tentava ler o rosto do outro, tentando tirar algo dali.

— Fechado

Respondeu de modo serio, ainda o encarando de perto, desviando o olhar aos labios finos do outro principalmente quando suas mãos foram quase que instintivamente de encontro com os braços alheio, o segurando com firmeza como se não quisesse deixa-lo escapar dali, encarando o fundo daqueles olhos amendoados e de tom avermelhado.

— Nem pense em voltar atrás, garoto

Falava de modo serio já que sentia que estava realmente enlouquecido de ter aceitado aquilo, em uma nova aventura, atacou seus labios com força e lascividade, soltando seus braços apenas quando tinha certeza de que suas pernas estivessem como gelatina para que pudesse enfim segurar seu pescoço e nuca com as duas mãos, mordendo o labio inferior do outro propositalmente até sentir gosto de sangue depois que suas línguas estivessem bem familiarizadas, se afastando e limpando os labios com as costas da mão a fim de tirar o sangue do outro de si, sorrindo de forma brevemente sarcastica ao ver seu olhar confuso.

— É para não se esquecer do nosso pequeno combinado

Sorriu, enfim, se afastando o suficiente para deixar a sala, ajeitando os oculos e a manga da camisa já que tinha uma aula para se concentrar e esperava, pessoalmente, que o que tinha entre as pernas continuasse adormecido, já que estava a um ponto de voltar e consumar aquele ato com o outro naquela sala vazia.

O encarava de perto esperando sua resposta, mais ansioso do que nunca e se segurando muito para não avançar sobre o mais velho de uma vez, já que a tensão sexual entre os dois naquela sala era tão grande que estava quase enlouquecendo ali.

Quando finalmente Harry responde que aceitaria aquela proposta, não pôde evitar abrir um sorriso.

— Claro que não vou.

Definitivamente não voltaria atrás. Mal percebeu quando estava contra a janela de novo, ou quando teve os braços segurados, mas voltou a realidade quando seus lábios foram atacados daquela forma, correspondendo aquele beijo lascivo na mesma intensidade até que se assustasse com aquela mordida, se afastando com uma expressão surpresa.

Acabou apenas sorrindo enquanto limpava o sangue da própria boca e o observava sair, satisfeito com o rumo daquela conversa e com o que viria pela frente.


Dois dias haviam se passado desde então e nada muito diferente aconteceu além de suas usuais provocações no corredor.

Era sábado à noite quando mexia tranquilamente em sua câmera, no quarto, até escutar batidas na porta e sem uma permissão por sua parte sua mãe já estava adentrando o cômodo, bem arrumada e expressão séria como de costume.


Mal conseguiu responder antes de vê-la sair pela porta de forma apressada, mas o próprio Nicholas não mexeu um músculo para fazer o que foi pedido. Não queria participar daquilo, sempre se sentia mal naqueles jantares idiotas e dessa vez sabia que não seria diferente.

Pouco tempo depois, ainda fazendo o de antes e já escutou a porta de entrada abrir e então vozes conversando. Não precisava escutar o que sua mãe dizia para saber do que estava falando, com certeza estava apresentando a família inteira com todo o orgulho do mundo, “meu marido advogado, olha nosso primogênito também advogado, vida feita, o segundo filho engenheiro, orgulho também e até o terceiro, terminou medicina agora com excelência.” Sabia que só faltava ele próprio ali para fazer o papel de encostado e inflar ainda mais o ego do restante.

Alguns minutos se passam até que a porta de seu quarto se abra novamente, dessa vez seu pai.


Sabia que não teria jeito então apenas se dá por vencido, suspirando e se levantando para sair do quarto, não se dando o mínimo trabalho para se arrumar, indo coma calça de moletom preta, meias e camiseta tal como já estava vestido.

— Já terminou de bajular os outros três ou ainda precisa de mim para ser o mau exemplo?

Pergunta enquanto terminava de descer a escada, pouco se importando com a visita, no entanto, assim que chega a sala de estar e vê se quem exatamente se tratavam as visitas, tudo muda. Ninguém mais ninguém mesmo que o próprio Harry estava bem ali na sala de sua casa, acompanhado de sua possível esposa. Aquilo seria interessante para dizer o mínimo.

Estava parado o encarando com certa suspensa até escutar sua mãe suspirar decepcionada e então o puxar para perto de forma que assino agressiva.

O resto do dia havia passado como o planejado, mas demorou para acalmar a excitação do momento, enfim, retomando a rotina ao chegar em casa, sendo o bom pai de sempre.


Havia se passado dois dias desde que tudo havia acontecido e não tinha visto o outro a não ser pelos corredores, onde as insinuações discretas — ou nem tanto — continuavam. Podia perceber de longe quando suas costas queimavam por se sentir observado sob aqueles olhos finos, o movimento que ele fazia com a língua contra a bochecha quando o encarava de volta e o pior de todos — ou melhor — quando discretamente escorria a mão até a parte interna das próprias coxas, num movimento rápido ao tocar no próprio membro coberto, decididamente aquele rapaz estava tentando enlouquece-lo.

Não esperava gostar tanto daqueles provocações até perceber que estava batendo uma no banheiro da própria casa de madrugada — quando ambas estavam dormindo — ao lembrar dos sons do outro lhe chupando e principalmente de sua cara vermelha. Não era possível que algo assim mexesse tanto com ele.

Harry não era um anjo — e nem era perto disso — por ter a aparência jovem já teve uma ou duas alunas interessadas em si mas obviamente nunca as correspondeu, diferente de Nicholas que havia conseguido sua atenção, até porque não era o que elas tinham que ele era realmente interessado.

Agora, a frente do espelho e de cabelos úmidos, Havia acabado de voltar do trabalho e já teria que sair novamente com a sua mulher, a babá de Giulia já estava brincando com a garota enquanto ambos se arrumavam e mesmo de contra vontade estava indo porque " Becca não queria parecer abandonada pelo esposo ", algo a qual ele mais desejava fazer no momento.

De calça jeans escura, cinto e camisa de malha branca, apenas completava o visual colocando o óculos de armação escura tradicional — por conta da miopia — e eu blazer bege claro. Pronto bem mais cedo que Becca, a esperou na sala, dessa vez a deixando dirigir já que estava com preguiça

A mulher ao seu lado estava obviamente bonita, com um vestido colado preto que ia até os joelhos, salto e um blazer escuro por cima de tudo aquilo, ambos faziam um belo casal caso realmente se amassem, mas, ele sabia que o amor de ambos era apenas uma mentira quando nem conseguir elogiar a própria mulher era capaz para si, apenas seguindo ao carro em silencio.

Sabia que visitaria uma amiga de infância a qual tinha convidado ambos para um jantar pelo que a esposa falou, não se deu o trabalho de perguntar o nome — porque realmente não lhe interessava — mas, quando saiu do carro, pode ver uma casa moderna e com toques tradicionalmente chineses, evidentemente de bom poder aquisitivo, a acompanhou a porta, enfim, apertando a campainha



A mulher realmente parecia feliz ao abraçar a sua esposa, de meia idade assim como ambos, tiraram os sapatos na entrada observando que o ambiente tinha uma ótima combinação de antigo com o atual, escada e estrutura moderna eram adornadas com pinturas tradicionais e belas telas pintadas a mão.

Não demorou muito para que enfim a outra começasse a apresentar toda a família para Harry — já que era visível em seu sorriso educado que estava deslocado — apenas acompanhando a senhora enquanto falava e era lhe servido champanhe, bebendo um pouco enquanto o pai daquela casa tinha aparentemente buscar algo no andar de cima.

Quase se engasgou com o liquido quando viu Nicholas ali, percebendo apenas agora que se tratava de sua família, era bem visível que o outro — diferente dos demais — não queria participar daquela reunião familiar


Não se lembrava da mulher, mas, podia sentir o estomago borbulhando assim como o champanhe, concordando com os olhos e ainda encarando Nicholas para enfim voltar nas mulheres, concordando

— Sim, ele está na minha turma de Código romano

" E me chupou a alguns dias atrás ", pensou, mas se conteve naquela fala apenas, bebendo mais do champanhe voltando a conversa das duas


Engoliu a seco sabendo que ainda estava sendo observado, mas concordando com a mulher



Sabia que aquilo era a pior situação possível quando viu a mulher e a esposa se afastarem, deixando a taça de champanhe na mesinha já que não a queria mais, vendo o outro descer as escadas para guia-lo até lá

— Bela casa

Não sabia o que falar, não estava preparado para aquele encontro e podia sentir suas orelhas quentes em contato com o cabelo molhado, então, apenas se limitou a aquilo, com o mesmo semblante serio de sempre, o observando se mover rapido ali

Estava adotando aquilo tudo, com o mesmo sorriso irônico no rosto enquanto os observam conversar, internamente se divertindo com o aparente desespero de seu professor.

— Como quiser, mãe.

As espera sair do cômodo enquanto descia as escadas de forma lenta, com os olhos colados no mais velho a medida em que se aproximava, acabando por rir baixinho com aquele comentário sobre a casa.

— Não tão bela quanto a visão a minha frente. — diz parando a sua frente e o medindo de cima a baixo — Uma pena que não vai dar para aproveitar nada com tudo isso de gente aqui.

Diz tudo em tom baixo para que só eles escutassem, caminhando ao seu redor e indo até suas costas até se aproximar de seu ouvido.

— Mas estamos no meu território e ainda pode ser uma noite bem divertida. — diz baixinho, dando ênfase em “bem” e então se afastando — Por aqui, Sr Davies.

O provoca uma última vez e então caminha em direção a sala de jantar onde os outros quatro já estavam sentados conversando.


Escuta seu pai o repreender e então sorri, se sentando propositalmente ao lado de Harry, com um lugar vago ao outro lado dele para que esposa sentasse.

— Não acho que a visita se importa com a forma que eu me visto.

Responde tranquilamente, ficando quieto ali enquanto esperava as mulheres voltarem junto dos empregados e a comida ser servida, enquanto isso apenas pensando em coisas obscenas ao mesmo tempo que seu pai tentava puxar assunto com o mais velho ao seu lado.

Sabia que se tratando no mais jovem não teria paz nem ali, o vendo rodear a si mesmo como se fosse um caçador. Apenas o acompanhou com os olhos em silencio, ouvindo o seu comentário e ainda serio, o respondendo a altura ao fita-lo a sua frente

— Não pense em colocar tudo a perder quando nada ainda começou

Não daria o braço a torcer em falar que ve-lo em uma roupa casual também havia mexido com a sua mente, a calça de moletom caia bem em si e principalmente quando o seguiu podia perceber o quanto a bunda alheia ficava bonita daquela forma — bem melhor do que nas calças jeans apertadas — inconscientemente pensando em como poderia apenas abaixa-la um pouco para fode-lo da forma que quisesse sobre a mesa. sofá ou cadeira. ​Tinha que se controlar ou quem estragaria tudo seria ele mesmo.

Se sentou ali e ao lado, em um dos poucos lugares vagos, o observou se sentar também, observando a toalha elegante sobre a mesa, estava distraído demais mantendo o próprio pau abaixado quando ouviu que o senhor Yan lhe fazia uma pergunta.


O mais velho sorria, sendo acompanhado pelos outros três irmãos. Podia notar que ali Nicholas era o rejeitado — assim como ele mesmo era em sua família — apenas o respondendo de forma seria

— Ele é um aluno dentro da media, tem suas dificuldades mas sempre está presente em minhas aulas. Inclusive lhe foi ofertado aulas extras na minha turma especial caso ele sinta que é necessário

Comentava de forma neutra, o ouvindo afirmar com o rosto, rindo ainda mais enquanto a comida era servida


Sabia mais que ninguém aquilo

— Garotos rebeldes mudam, senhor, ainda mais se tem uma boa mentoria

Conversava de forma assertiva com o outro, não dando espaços para intervenções, logo teve sua esposa sentando ao seu lado para enfim, todos começarem a refeição que já estava servida.

Em outras circunstâncias parecidas, o garoto estaria se sentindo extremamente desconfortável em escutar aquelas coisas, ver a risada de seu pai e ser chamado de rebelde, mas naquela ocasião em específico ele na verdade estava achando tudo muito engraçado, afinal, seu pai tão tinha ideia do quão "rebelde" era com o professor ao seu lado.

— Eu estou até pensando em aceitar as aulas extras.

Comenta de forma descontraída, fingindo real interesse naquela aula quando ele e o mais velho ao seu lado sabiam muito bem o motivo de aceitar aquilo.

O jantar logo é servido e a conversa continua agora com todos ali, incluindo sua mãe e a esposa de Harry que por sinal parecia tão esnobe e arrogante quanto sua própria mãe, o que explicava o fato de serem tão amigas, mas o deixava curioso a respeito de como ele ainda estava casado com ela.

Entediado no meio daquela conversa chata sobre coisas chatas, muito mais interessado em outras coisas, apenas finge estar prestando atenção em tudo o que era dito ali, bebericando tranquilamente seu vinho enquanto por debaixo da mesa, coloca a mão na coxa do outro ao seu lado, a arrastando até sua virilha e raspando a ponta de seus dedos por seu pau, fingindo que nada estava acontecendo.

Estava conversando com o outro quando o ouviu responder que estava pensando em aceitar, bem mais receptivo que a primeira vez que havia proposto aqui — e Harry sabia o porquê — mas apenas se manteve em silencio com aquilo, observando logo sua esposa vir acompanhada da amiga.

Ambas falavam de forma exagerada e alta, já na quarta taça de champanhe ambas juntas ao senhor Yan estavam falando atravessados e de forma pesada, rindo alto e nem mesmo tinham chegado a sobremesa — o que lhe preocupava pois odiava cuidar da mulher bêbada. Mas, ao menos aquilo servia para ocupar o ambiente vazio enquanto os filhos da outra ainda estavam um pouco mais lúcidos que ambas, rindo e comendo.

Sabia que deveria ficar em apenas uma ou duas taças pois alguém tinha que dirigir — e no fundo tinha medo que pudesse perder o controle se bebesse — mas, ao sentir a mão do outro em sua coxa, não pode disfarçar o pequeno pulo silencioso ali, batendo o joelho contra a mesa e chamando a atenção quando seu pau foi pressionado

— Desculpe, acho que estou em fase de crescimento

Fez qualquer piada boba para que a atenção de si fosse dissipada em gargalhadas, alheio a todas as conversas, tentou desviar a perna e retirar a mão insistente do outro dali, sabendo que seu corpo lhe trairia mais rápido do que gostaria.

Teve que se conter muito para não rir e engasgar com o vinho ao ver a reação de Harry, continuando quieto enquanto não deixava que ele afastasse sua mão, queria provocá-lo um pouco mais, talvez, eu pouco até demais.

Ao invés de retirar a mão dali, vai ainda mais além, esfregando seu membro um pouco mais, o instigando enquanto ao mesmo tempo esfregava um pouco sua própria perna contra a dele, de forma meio torta e desajeitada por estar ao seu lado.

Aproveitando que a maioria estava alegre demais por causa do álcool para perceber alguma coisa, brinca um pouco com a taça nos lábios se fazendo de inocente, mesmo sem saber se o outro olharia ou não.

Odiava como o outro parecia sempre saber os limites de si mesmo, onde tocar ou como tocar, quase como se estivesse sendo guiado ali, aquelas provocações o deixava desconfortável, resmungando baixo enquanto bebia o vinha, olhando para os irmãos do outro que pareciam agora estarem mais alegrinhos também. Era um alivio serem os únicos mais sóbrios ali.

Sabia que ele não iria parar, então seguiu a risca a frase de se juntar a ele quando não conseguia para-lo, tendo certeza que era um grande de um pervertido — oficialmente — quando tirou a mão do outro do meio de sua perna — que já mostrava excitação — para colocar a mão sobre a coxa do outro, que era menor que a sua por ser visivelmente mais magro, a apertando com força.

Daquele modo, enquanto ria das piadas apenas para se disfarçar entre os outros, deslizou para a parte interna das coxas do mais novo, fazendo o mesmo que ele tinha feito mas de forma mais ousada, aproveitando o fato de ser apenas um moletom confortável para invadi-lo sem pudor, acabando por cima da cueca do outro e fazendo o mesmo movimento que ele, o esfregando e apertando sem muito cuidado algumas vezes apenas para faze-lo contorcer as pernas

Estava se divertindo com as reações do mais velho, se misturando com os outros e rindo sem na verdade prestar atenção em nada até sentir uma mão adentrar sua calça.

Quase engasgou com o vinho, já que por mais que no fundo fosse aquilo que queria, não esperava que ele fosse tão longe daquela maneira, e gostava daquilo, mas instintivamente o fazia contorcer as pernas e fechá-las um pouco.

Com o contato mais direto, podia sentir suas bochechas aquecerem um pouco em excitação, mas podia dizer que era o álcool. Sabia que aquilo tinha grandes chances de dar errado, mas acabou abrindo mais as pernas como se o desse passagem para aquilo, sabendo que isso o faria igualmente mais duro e consequentemente chegaria uma hora que ele pararia, só queria saber até onde ele chegaria com aquilo e com sua própria ereção.

Apenas sorriu em meio aos risos falsos de forma lasciva ao perceber as pernas mais abertas do garoto, ele tinha acabado de quase se engasgar com o alcool e queria mais, o que o fez apenas continuar com aquilo, no mesmo ritmo — Já que já estava no limite do possivel — continuando pouco a pouco.

Momento fazia breves movimentos de vai e vem com a mão, movendo apenas o pulso, outros momento circulava e friccionava a glande do garoto com o polegar, hora forte hora apenas como um suave contornar de dedos, queria faze-lo provar do próprio veneno e aos poucos, enquanto via sua postura ficando mais retraída para cima da mesa, sabia que estava conseguindo fazer aquilo.

Estava também tão duro quanto possível e sabia que ambos precisavam sair dali, o álcool e a excitação estavam preenchendo seu cérebro de desejo e queria apenas encher o outro de porra sobre a mesa, mas, se controlou, apenas tirando a mão de dentro da calça do outro e se levantando, fingindo uma queda falsa para espantar todos ali, chamando atenção ao se apoiar no mais novo

— Desculpe, acho que eu sou um pouco fraco para a bebida — comentou, vendo todos observarem-no — Nicholas, pode me mostrar o banheiro, todos estão se divertindo e eu não pretendo dar trabalho, apenas preciso jogar uma agua no rosto.

Falou de forma completamente autoritária ali para que entendesse que apenas queria se livrar daquela situação enquanto ainda era possível, o vendo concordar e se apoiando no garoto para se fingir de bêbado " desequilibrado ", esperando que se afastassem o suficiente daquela sala para coloca-lo contra a parede do corredor, entre suas pernas, o beijando de forma intensa.

Podia ouvir as risadas de sua esposa e dos outros familiares do garoto próximos, mas aquilo apenas excitava mais sua mente deturpada, agarrando a coxa do outro para levanta-la, esfregando sua cintura contra a dele e com a outra mão, pressionando suas bochechas, sorrindo de forma lasciva, deslizando a língua pelos lábios do outro.

— Eu daria o mundo para te foder sobre aquela mesa na frente de todos agora, inconsequente

Falou, de forma irônica, o soltando ali para segura-lo pela blusa, arrastando-o até onde sabia que era o banheiro, fechando a porta atrás de si, colocando-o contra a bancada da pia, abrindo o cinto e o deixando cair pelo chão, desfazendo o botão da calça e tirando o próprio membro dali de dentro, ereto e pulsante de excitação.

— Vamos fazer isso rápido, nós devemos ter seis ou oito minutos antes que eles sintam a nossa falta.

Falava de modo serio, mas corado de excitação, se aproximando do outro para baixar sua calça também, até as coxas, juntando os dois membros necessitados e os masturbando juntos de forma apertada, encarando o rosto do outro que parecia tão fodidamente excitado quanto a si mesmo.

Por mais que tentasse se controlar e manter a compostura, era difícil quando se estava sendo lentamente masturbado debaixo da mesa, começando a mudar a postura até que finalmente é solto e então Harry faz todo aquele teatrinho para que pudessem sair dali, o que era um alívio já que realmente precisava daquilo.

Prontamente concorda quando o pede para mostrar o banheiro e o "ajuda" a se equilibrar, seguindo aquela atuação até que sumissem de vista e então sentisse a parede contra suas costas e os lábios do outro contra os seus, então o beijando da mesma forma necessitada com que era beijado, se esfregando contra ele quando levanta sua coxa.

Só a cena de ser fodido encima daquela mesa, em frente em todos eles, já era capaz de o excitar mais ainda, rapidamente o seguindo até que estivessem finalmente no banheiro.

Poderia facilmente enlouquecer de tesão quando sente seus paus juntos sendo estimulados daquela maneira, o encarando assim como era encarado, sentindo o rosto quente de excitação enquanto levava uma mão também até seus membros para ajudar, e a outra se agarrava em seu ombro.

— Isso tudo era uma grande tortura sabia? — pergunta ao embrenhar os dedos nos cabelos de sua nuca e o puxar em sua direção, próximo demais de seus lábios — Eu quero você me fodendo de verdade.

Claro que sabia que não tinham tempo nem como já que era um grande jantar em família, mas toda aquela provocação e imaginar a cena só o deixava mais ansioso por uma oportunidade em que conseguiriam de fato aproveitar tudo, foder de verdade. Queria desesperadamente o puxar para o andar de cima, o jogar em sua cama e pedir para que o fodesse, mas não tinha como, então se contentava com aquilo no momento.

Já estava duro antes e agora mais ainda, se sentia cada momento mais próximo de gozar e tinham que ser silenciosos, não podia se dar ao luxo de deixar sequer um gemido baixo, logo, para evitar qualquer coisa se aproxima de seus lábios novamente, voltando a beijá-lo com certa urgência.

Sentir a mão do outro e aquelas palavras sujas juntas a toda a provocação fazia com que seus pelos se levantassem de seu corpo, tremendo pela provocação e pelos dedos em sua nuca. Teve que morder o lábio inferior para não gemer quando sentiu a mão do outro junto a sua para ajuda-lo naquilo, se movendo de forma síncrona para que o prazer aumentasse ali e o calor dos dois corpos pudesse acender definitivamente uma fogueira.

Quando arrastava a mão para baixo, podia sentir as glandes se encostando e o pre-gozo saindo para ajudar ainda mais naquele movimento viciantes, quando apertava mais forte e subia a mão, podia senti-lo pulsar contra si, o que fazia por reflexo tremer também em excitação. Louco para conseguir terminar aquilo, apoiado contra a bancada atrás do outro para não perder o equilíbrio ali.

Quando o sentiu beija-lo, correspondeu na mesma intensidade e velocidade, mordendo seus lábios e esfregando uma língua a outra, era obsceno e não tinha certeza se em meio ao beijo não estavam fazendo alguns sons. Com toda aquela estimulação, não havia sido difícil para que enfim gozasse, usando a mão livre para encobrir o membro a fim de não sujar a camisa de ambos, teve que se segurar para não deixar um gemido sair de sua garganta, apenas se contentando em respirar de forma forte contra os lábios do outro - já que estava tão concentrado na sua outra cabeça que nem beijar naquele momento conseguiria - não demorando também para senti-lo terminar, encarando de forma nada discreta seu rosto extasiado e finalmente sem aquele sorriso convencido nos lábios. Agora Harry sabia muito bem como desmontar o garoto a sua frente.

Sorriu, convencido, levando a mão suja para os lábios, deslizando a língua em meio a dois dedos, sem tirar os olhos do outro, falando de forma baixa

— Sobremesa, Huang

Explicou, enfim, se afastando para ficar ao lado do outro, ajeitando a situação de sua cintura com a mão limpa, não demorou para lavar aquela sujeira feita por ambos, tirando os óculos para passar um pouco de agua no rosto a fim de tirar o vermelhão de suas bochechas, se secando e enfim colocando o cinto novamente, ajeitando os cabelos para trás como se nada tivesse acontecido.

— Vai demorar muito ai ? pensei que alguém da sua idade se recuperaria mais rápido.

O provocou, apenas para destrancar a porta, sorrindo para enfim seguir para a mesa

Com todos aqueles estímulos, já sentindo o mais velho gozar entre suas mãos, não demorou muito a ser o próximo a também chegar a seu limite, respirando de forma ofegante contra seus lábios assim como o outro também fazia, se recuperando do que tinham acabado de fazer.

Até então estava mais sério devido a toda excitação e ao orgasmo, mas abriu um sorriso depravado com o gesto obsceno do mais velho, rindo baixinho, descrente.

De fato estava demorando um pouco mais para se recompor e se ajeitar ali depois de se limpar, mas mesmo assim estava adorando as provocações.

Acabaram então voltando a sala de jantar junto ao restante, mas sua cabeça não parava de pensar no fato de que enquanto eles conversavam ali, tinha acabado de se pegar no banheiro com seu próprio professor.


Sua mãe exclama, animada como antes por conta do álcool. Apenas se senta no mesmo lugar de antes, fingindo que nada tinha acontecido e ficando quieto de verdade dessa vez, ainda sem prestar atenção em nada do que falavam, comendo um pouco das sobremesas enquanto vez ou outra olhava para o lado.

Finalmente tinha calado o outro ao seu lado, sorrindo quando falaram que logo serviriam a sobremesa, decididamente fazer o outro perder energia gozando havia sido uma tacada de mestre de Harry, que com certeza adorava levar os créditos da façanha de faze-lo ficar quieto


Era indelicado ouvi-la falar daquele modo de si, mas, apenas revira os olhos, bebendo mais do champanhe

— Apenas cozinho para Giulia porque ela é a única que come algo diferente de alface, Becca

Comenta, de forma acida, fazendo todos rir enquanto a esposa apenas parecia se irritar, revirando os olhos


O outro, que sentava do lado oposto a mesa apenas sorria, logo, podia ouvir o senhor Huang pigarrear, chamando a atenção.


Podia sentir o clima pesado naquela conversa, principalmente quando lembrava no roxo a qual Nicholas havia aparecido em sua aula a pouco tempo atrás, se contendo apenas em beber de sua taça, ouvindo logo a mãe do outro começar a falar também, em meio a risadas histéricas


Todos pareciam se divertir com aquilo, inclusive Becca, que ria de forma alta a cada comentário, enxugando as lagrimas

Aquela pequena discussão entre Harry e a esposa o deixava intrigado, ainda querendo entender como alguém como ele estava casado com aquele tipo de mulher, mas se manteve quieto em seu canto simplesmente escutando e sorrindo de leve.

Aquele sorrisinho desaparece quando seus pais começam, como sempre, a bajular os irmãos, já sabendo que sobraria para ele.

— Estava demorando. — murmura contra a taça, mau humorado.

Já estava acostumado a ser alvo de comentários desconfortáveis como aquele, a ser julgado e comparado a todo o momento pela família inteira, mas aquela conversa em meio aquele jantar estava sendo demais. Toda a animação que sentia minutos atrás tinha desaparecido completamente com aquele último comentário. Não queria admitir que aquilo sempre o machucava.

Incomodado e agora com a cara fechada, apenas arrasta a cadeira de qualquer jeito e se levanta, olhando para baixo.

— Já socializei demais, eu vou para o meu quarto.

Avisa e então sai da mesa sem esperar uma resposta, mas escutando do corredor a forma como continuavam a rir e o chamar de dramático. Sua noite tinha acabado ali.

Não havia demorado muito para que o outro saísse, não se surpreendendo pela ação do outro mas sim pelo resto da mesa, que apenas ria e falava ainda mais alto coisas desagradáveis como " dramático ", " filho problema " e " frágil como uma mocinha ".

Queria sair dali e ir conversar com o outro sobre aquilo, se sentiu mal em ouvir todos aqueles comentarios sabendo que daquela mesa parecia o uncio a qual o outro apreciava minimamente a presença, mas, se manteve ali, em silencio e da mesma forma que antes, apenas aceitando toda aquela degradação do outro.


Depois daquilo, não havia demorado mais que uma hora ou quarenta minutos para estar dirigindo para casa, levando sua mulher completamente alcoolizada e quase inconsciente no banco passageiro, estava com a cabeça a mil e mal pode ouvir a mulher embriagada ao lado quando ela começou a gritar consigo, percebendo que estava indo na contra mão e levando um susto, indo agora para a pista correta.


— Eu não percebi, sinto muito

Estava irritado enquanto gritava aquilo no carro, vendo a mulher apenas olha-lo com a típica cara de desdém, falando baixo como se não fosse notada


Não responderia aquilo, mas teve a confirmação de que precisava naquele momento, mesmo que não a amasse, exigia respeito, exigia ao menos que ela fingisse ser a família perfeita que ela mesmo pintava, feriando o carro bruscamente, a olhando ao seu lado, incrédulo, com raiva mesmo que soubesse que a mulher estava bêbada.

— O que disse ?

Becca sempre tinha um sorriso convencido nos lábios, principalmente quando se achava no direito de algo, o olhando de cima a baixo, fitando os olhos do outro


Talvez pelo álcool ou talvez porque não aguentava mais ser humilhado naquela situação, apenas percebeu o que fez quando o estalo no rosto da mulher soou pelo carro — ele não se arrependia, mas também não se orgulhava daquilo.

O homem não era um exemplo de integridade — afinal, foi chupado por um aluno e se masturbou com ele em menos de uma semana — mas, nunca havia deixado com que aquilo manchasse a sua família, coisa que a outra não parecia entender.

— Espero que esqueça até amanha, quando acordar, porque se você lembrar do que me falou, nos vamos ter uma conversa seria, Rebecca

Falava com a mais fúria nos olhos, frio e a olhando de forma seria, queria muito que ela realmente apenas morresse agora, a sua frente, mas, respirou fundo, voltando a dirigir para casa em silencio. Sua cabeça latejava e estava irritado demais com tudo para pensar em qualquer outra coisa que não fosse o momento.

Becca para lhe ajudar ainda vomitou em si mesma no caminho de casa e pacientemente o mais velho teve que troca-la, agradecendo a baba e a pagando enquanto levava a mulher em seus braços, Giulia já estava dormindo.


No outro dia apenas havia acordado cedo como todos os outros, com dor de cabeça, a outra ainda não havia acordado e ao menos sua filha, como todos os dias, não lhe dava nenhum tipo de trabalho, facilitando sua vida quando a levou para a escola, agradecendo que passaria o dia fora.

Comprou um café forte na cafeteria antes de seguir para dentro do campus, com um pouco de dor de cabeça, apenas precisava de um pouco de descanso de sua vida por hora.

Aquela noite havia se tornado um inferno. Não conseguia dormir com as risadas histéricas no andar de baixo e mesmo quando as visitas aparentemente tinham já ido embora, o resto da família, alcoolizados, não calariam a boca tão cedo e não dormiriam tão rápido.

Não tinha paz em plena madrugada, até teve seu quarto invadido por um dos idiotas de seus irmãos que decidiu encher seu saco falando um monte de merda. Também não conseguiria dormir depois daquilo, pensando demais.

Mal precisou de despertador para acordar na manhã seguinte, se encontrando no mesmo dilema de sempre: não querer ir para a aula, mas também não querer continuar naquele manicômio onde vivia. Acabou apenas levantando para tomar um banho e se arrumar, notando as olheiras debaixo dos olhos. Parecia péssimo e nem de ressaca estava.

Como já imaginava, todo mundo ali estava de ressaca e o clima era horrível. Todos estavam de mau humor e disparavam grosseria atrás de grosseria e estresse o tempo inteiro, claro que o próprio Nicholas incluso.

Apenas come algo rápido e sai de casa, seguindo até o campus, comprar um café e relutante ir para sua sala. No meio do caminho, como de costume, até tinha visto Harry no corredor, mas apenas desviou o olhar, sem ânimo para flertes e provocações.

Os mesmos amigos barulhentos e irritantes, sua mesma falta de paciência, o cochilo durante a aula insuportável e então a aula enfim terminou e ele pôde fugir de todos por um tempinho.

Precisava de mais um café e com aquilo em mente seguiu até a cantina no campus, comprando a bebida e se sentando em qualquer canto afastado para ter um pouco de paz enquanto mexia de forma desinteressada no celular.

Sabia que alguém o convidaria para alguma festa ou para beber, afinal, era sexta-feira, então apenas esperaria que algum evento surgisse, e até lá, não pisaria em casa já que q última coisa que queria era lidar com mais gente estressada.

Não estava de bom humor e podia sentir que Nicholas, ao passar pelo corredor, também não estava — e não o julgava depois dos comentarios a qual tinha que ouvir de sua família — mas por algum motivo, ser ignorado o fez se sentir brevemente mais afetado, talvez pela raiva que sentia de sua esposa, Harry apenas queria consumar a traição a ela e com certeza faria aquilo com o mais jovem

Não queria voltar para casa depois do trabalho e muito menos ter que dormir ao lado de Becca naquela noite, em partes por tudo que havia tido que escutar ontem e em partes porque apenas queria algo diferente para sua sexta e ver Nicholas naquele estado na lanchonete do prédio obviamente havia lhe dado uma ideia.

De forma rápida, apenas escreve um endereço no papel, junto ao seu numero, o coloca na mesa a qual o garoto estava, o encarando de forma firme.

— As dez, eu vou estar esperando, se algo acontecer apenas me ligue, eu raramente leio as mensagens do meu celular.

Dito aquilo, apenas se afasta para enfim comprar algo para comer, voltando a sua sala já que logo teria mais algumas aulas para dar e precisava de preferencia, terminar o dia mais cedo possível já que seus planos para noite eram um pouco melhores do que o dos outros dias.


Quando o dia acabou, como todos os outros, foi para casa após buscar Giulia já que Becca tinha ido fazer as unhas. Preparou algo para ambos comerem e como sempre comeram sem preocupações juntos, apenas rindo e se divertindo como um bom pai a ela.

Quando Becca voltou, já estava quase indo se arrumar, vendo a mulher sorridente e entendendo agora o que unhas significavam, perguntando do sofá onde estava deitado — com a filha — de forma tranquila, sem tirar a atenção do desenho bobo já que sabia que Giulia lhe mataria se ele desviasse o olhar

— Onde foi ?


Pelo seu tom de voz sabia que a outra não se lembrava do que havia acontecido, apenas dando de ombros, tirando Giulia de seu colo agora que o filme havia acabado, se levantando para seguir até a mulher, passando pela mesma.

— Eu irei beber com alguns amigos hoje, não me espere para dormir

Sabia que aquilo a pegaria de surpresa, principalmente porque não duvidava que ela era quem tinha planos de " beber com os amigos ", então, apenas a sentiu olhar suas costas


— Professores, você não conhece, mas voltarei tarde, é a despedida de solteiro de um deles hoje.

Usou qualquer desculpa tosca para encobrir que o real plano era apenas foder em um motel duvidoso o seu aluno "favorito". Enfim, seguiu ao banho, fazendo com que a agua relaxasse todo o seu corpo, estava cheiroso e como sempre bem vestido, com camisa social escura, gravata vermelha, calça jeans e sapato social. Cheirava a milhões com o perfume caro e apenas se despediu da filha antes de sair, sabendo que sua mulher estava lhe olhando de canto de olhos.

Dirigiu as nove e meia da noite até o motel de estrada, algo afastado de onde morava — e quase na saída da cidade — pediu o quarto a qual tinha informado ao outro no papel, sabendo que aquele era o mais completo com hidromassagem e etc, pagando adiantado pela noite toda. Sairia dali apenas quando o dia começasse a amanhecer.

Dentro do quarto, esperando o moreno, tirou os sapatos, abriu uma garrafa de vodka e começou apenas a beber um pouco antes que o outro chegasse, deitado sobre a cama e apenas observando o espelho no teto, se perguntando que tipo de tarado era por estar esperando um garoto com quase metade de sua idade em um motel não tão bom assiml.