Lustdrache

Calor, suor, desejo, e muito prazer.
Ainda podia sentir suas mãos me percorrer, os lábios deixarem marcas na pele, o delicado puxar de cabelo, gemidos de prazer ecoando pelo quarto escuro, não havia me sentindo tão bem em milênios, tão bem que mesmo no dia seguinte ainda possuía meus sentidos a flor da pele, tão bem que atiçou meu cio a vir mais cedo.
Agora estava eu, deitado na cama me contorcendo pelos prazeres da noite passada ainda gravados na pele, cravados na alma, chamando minha mais íntima fantasia para fora, enquanto eu passava mais um torturoso cio com ajuda da mão.

...

No segundo dia meu cio já estava mais calmo, consegui ligar para meu chefe e avisar que não me sentia bem e precisava da minha semana de folga. Imediatamente ele compreendeu do que se tratava e não pediu nenhuma explicação.
Finalmente pude sair do quarto para comer algo já que no dia anterior não tive um momento sequer de calmaria, preparei uma taça de leite com mel com uma diversidade de pãezinhos recheados que tinha guardado na geladeira.
Abri a porta e sai da caverna sentei a beira no penhasco admirando a floresta extensa com uma cidade tão distante que quase sumia no horizonte, uma bela visão para um ótimo café da manhã.

Eu havia conseguido um trabalho, uma coisa simples, caçar o monstro que estava assombrando a floresta de uma cidade que eu sequer sabia que existia. Demorei para chegar no local, ja que era minha primeira vez visitando a cidade eu não podia usar o teleporte.
O trabalho foi rápido, era um duende pregando peças para proteger a floresta, não sabia que ainda existiam criaturas protetoras, mas ainda tinha que fazer meu trabalho, evitando luta tive um demorado papo com o senhor duente que prometeu não incomodar a cidadezinha já que planejava partir para a metrópole logo logo.
Não esperava terminar tão rápido e minha passagem aérea de volta para casa só voltaria depois de uma semana, decido por aproveitar para conhecer o local. Encontrei um café aconchegante, eles tinham um costume em estar conectado com a natureza, talvez por isso o duente estava incomodando tanto. O café era todo ao ar livre e estruturado de uma forma com que sentissemos estar sozinhos em meio a floresta.
Do café continuei passeando pela cidade me perguntando por que ninguém conhecia aquele lugar esplêndido, era aconchegante, calmo e os produtos disponibilizados eram riquíssimos. Conforme a noite foi chegando o lugar foi mudando, algumas lojas fechavam e outras abriam, até mesmo algumas lojas se tornavam outras, como o café que estava antes passou a ser um bar noturno e o hotel logo a frente se tornou... Bem, um prostíbulo e como a ideia era aproveitar, não me segurei em alugar um quarto pela noite toda.
O parceiro que me escolheu tinha um estranho fetiche em transar vendado, não apenas a mim se não a ele também, mas foi uma noite fantástica, talvez pelos sentidos estarem mais aguçados com a venda ou ele ser um profissional e eu um Incubus, mas nossos corpos dançavam no mesmo ritmo na cama, infelizmente a noite é curta e a diversão acabou.
No dia seguinte no calmo café só conseguia pensar em como encontrei alguém tão compatível comigo em uma cidade no meio do nada, argh que palavras tão apaixonadas. Tomo um gole do Cappuccino observando o pássaro cantar no galho da árvore.

Terminei meu lanche não demorando em voltar para dentro da caverna, sai pela casa procurando meu inibidor, deveria tomar o remédio antes que ficasse mais forte e logo voltar ao trabalho.
Encontrei a pílula que engulo sem precisar de água, aproveitei que meu cio não estava tão forte e comecei a arrumar a caverna, colocando alguns móveis para o lado de fora para que tomassem um sol. Estava colocando as almofadas sobre o tapete que coloquei no chão quando meu cio voltou porém não tão forte, apenas o lubrificante que escorrida pelas pernas e o desejo de me tocar.
Corado me deitei ali mesmo sobre o tapete encostado mas almofadas me acariciando por cima da roupa.

Uma brisa suave e morna desceu pela floresta bagunçando papeis, cabelos, levantando saias e panos de mesa. Todos paramos para aprecisar o vento bater contra o rosto mantendo os olhos fechados, quando acabou a cidade se manteve em silêncio.
Achei estranho a quietude e olhei em volta, todos ainda estavam parado no lugar, porém vultos e vários homens e mulheres passaram correndo pelo café adentrando a floresta em uma velocidade absurda, imediatamente soube que não eram humanos e me coloquei a correr atrás deles.
Depois muito tempo correndo pararam em um campo aberto farejando o ar, perguntei a uma moça o que estava acontecendo e certamente ela me respondeu "Omega". Então havia um Omega no cio, na floresta?
Como demônios não eram divididos em subclasse, o cio de um Omega não me afetava, mesmo assim tratei de encontrar, seria menos um Omega abusado por um alpha.

A vantagem e viver quase no topo de uma montanha no meio da floresta era poder se masturbar na porta de casa sem se preocupar de alguém estar por perto e pegar no flagra, sem se preocupar de gemer alto e incomodar vizinhos, sem se preocupar em soltar as feromônias e alguém querer te violentar, pois era tudo que estava fazendo naquele exato momento, estava de pernas abertas com a cabeça erguida aos céus gemendo em prazer com três dedos dentro.
O sol queimando a pele o vento bagunçando os cabelos e levando as feromônias. Mordo o lábio em meio uma ejaculação e meio embaçado vejo um grande movimento entre as árvores.
Ainda com os dedos introduzidos paro e foco a visão para a clareira vendo um grupo de dez ou quinze criaturas, meu coração acelerou e retirei meus dedos lentamente me rastejando vou para dentro de casa e tranco a porta. Pelo cio antessipado estava sem forças para empurrar a pedra que fecha a caverna, teria que torcer para que não me encontrassem ali e se caso isso chegasse de acontecer que pelo menos a porta de ferro aguentasse.
- por favor minha Deusa, não deixe que e encontrem...
Pedi indo me esconder no quarto para manter minhas feromônias o mais distante deles possível enquanto tentava me satisfazer com os dedos.

Com o tem as pessoas em minha volta se aquietaram, lentamente alguns foram desistindo e voltando para a cidade, outros perseverantes permaneceram insistindo em encontrar o Omega fosse onde quer que havia se escondido estava muito bem seguro.
Fui um dos que se aquietaram e me coloquei em direção da cidade, o Omega havia conseguido se salvar por si só e assim já estava ótimo, no entanto bastou dar três pessoas adiante que senti um desejo intenso vindo de trás de mim. Com a testa franzida olhei para trás, para cada um dos que restaram ali, nenhum água diferente, aparentemente não sentiam aquilo, muito menos vinha deles.
Procurei pela floresta, talvez fosse o Omega irradiando luxúria estava próximo. Meus olhos se fixaram na montanha, vinha de lá, então estava se escondendo ali, se alguém fosse naquela direção encontraria alguém em meio a um cio intenso.
Não vendo ninguém seguir naquela direção voltei ao meu caminho para a cidade porém não voltando a ela e sim contornando a clareira seguindo rumo a montanha.

O arrepio me subiu pela espinha enquanto gozava em minha mão gemendo abafado por morder o lábio. Fiquei estirado ofegante na cama, ambas as mãos cansadas por estarem me masturbando um longo tempo, no entanto o desejo carnal que o cio me proporcionava continuava presente.
Durante meu momento de descanso senti uma ondulação no ar, um arrepio suave na pele, haviam encontrado a entrada da caverna. Entenda, na base da montanha possui uma entrada estreita ao passar por ela se depara com uma escadaria entalhada na rocha da montanha a qual eu mesmo entalhei até o topo onde fica minha casa escondida, porém não é tão fácil encontrá-la, ela é escondida com uma cortina de planta silvestre, conhecida pelo nome popular de Jibóia, junto de um feitiço com meus poucos requisitos de magia me permitiu colocar, um feitiço simples de camuflagem que me avisou no exato momento em que alguém além de mim atravessou a cortina.
Poderia pensar que talvez poderia não subir pelas escadas, mas quem em sã conciencia se de pararia com tão curiosa escadaria escindida em uma montanha e não se dispunha em explora-la? O que me punha a pensar que logo alguém estaria aliali, e eu deveria tomar cuidado.

Suspirei ao chegar na base da montanha, olhando para cima não podia sequer ver o topo que ficava cada vez menor conforme a distância. Comecei a caminhar por volta da base, procurando por um Omega se escondendo entre as pedras e a relva, soube que tinha um por perto ao sentir que a luxúria que irradiava ficou mais forte cada vez mais perto da montanha.
Dei uma volta completa na base da montanha, já havia se passado horas, a manhã havia acabado e o sol da tarde começava a deixar suado. Não encontrando nada resolvi dar meia volta e ir embora, agora tendo certeza de que estava bem escondido, isso se não fosse por um morcego que passou por mim em uma velocidade absurda indo em direção da montanha quase batendo no meu rosto, automaticamente olhei para o bichinho surpreso por não senti-lo chegar a tempo de ver ele adentrar uma cortina de plantas que cresciam contra a Rocha.
- o que um morcego faz na luz do dia numa hora dessas? Deveria estar em uma caverna.
Limpei o suor da testa só então percebendo que o morcegi não voltou das plantas, se escondendo do sol provávelmente ali teria uma caverna, corri até a cortina de plantas e separei elas revelando uma passagem rochosa tão estreita que só consegui adentrar andando de lado, mas aos poucos se tornou mais espaçosa revelando uma pequena caverna com um bando de morcegos dormindo no teto, porém o mais curioso era a extensa escadaria que subia até perder de vista.
- wow, então é aqui que se esconde.
Soube de imediato que aquelas escadas não eram naturais e sim feitas por algum ser consciente me coloquei a subir a mesma com cuidado, pisando de leve com um pé antes de pisar totalmente por não saber quantos anos aquelas escadas estão ali e se alguma pedra poderia estar solta.

Momentos como esse me punham a recordar meus poderes, com um estralar de dedos poderia acabar com quem estivesse subindo a escadaria, não teria de me rebaixar todo dia em trabalhar a troca de dinheiro para não passar fome, tudo por estar preso naquela forma humana asquerosa, seria menos humilhante se ao menos estivesse com meu cajado, meu maior objetivo é encontrá-lo antes que terceiros abusem de meu poder aprisionado nele.
Coloquei-me para fora da cama e corri tropeçando nos móveis para onde antes tomava um banho de sol, arremecei as almofadas para dentro da caverna e puxei a ponta do tapete levando para dentro todos os outros objetos que coloquei para tomar sol.

- Sinto sua presença cada vez mais perto....

Sussurro me sentindo marear com a forte presença se aproximando. Segurando nas paredes voltei para a caverna e fechei a porta trancando-a e fazendo uma barricada, apesar de que não ajudaria muito, pude sentir tamanha força com apenas um pequeno vislumbre de sua presença excitante.

Na metade do caminho comecei a sentir o cansaço de tantos degraus, ate passei a duvidar se realmente havia um omega se escondendo ali,passei então a usar o teleporte, olhando alguns degraus mais a frente e "Pulando" assim subindo ainda mais rápido e podendo sentir o odor do omega ficar ainda mais forte.
Não demorei tanto quanto achei que iria para chegar ate o topo amplo, pude admirar a vista maravilhosa da extensa floresta podendo inclusive vislumbrar das outras criaturas que procuravam pelo omega no cio, fechei os olhos sentindo a brisa morna do verão bagunçar meu cabelo com uma imensa força e fazer o mesmo com as folhas das arvores a baixo.

- Isso explica como encontraram seu cheiro.. a brisa levou ate eles.

Primeiro escutei o estralo, e então senti a dor na cabeça se misturar com a visão que lentamente ficou embaçada e meu corpo caindo em camera lenta ate chocar contra o chão rochoso por fim apagando minha mente.

Senti se aproximar degrau por degrau e de repente assumiu uma velocidade absurda chegando ao topo em três minutos me dando certeza de que não era um animal qualquer. Não tive tempo de sequer fechar a entrada com a pedra até mesmo por me faltar força naquele momento, corri aos tropeços para dentro da caverna buscando a flecha de Héracles.

- Chegou...

Senti o cheiro forte do suor ser carregado pelo vento caverna adentro, o corpo humano desejou lhe desejou tanto a ponto de sentir o lubrificante natural do ciclo escorrer por minhas pernas em boa quantidade, precisei conter um gemido necessitando daquele prazer.
Ofegante por estar embriagado com tal odor me aproximei da porta aproveitando o momento que estava de costas e lhe acertei a flecha com força na cabeça e imediatamente seu corpo pendeu para frente batendo contra o chão de pedra.
Vi o sangue escorrer esparramando pelo chão, estendi a mão tentado em ajudar, mas naquela situação seria eu o "ajudado" Então apenas me afastei sentindo a vontade de voltar ao quarto me masturbar retornar me colocando a rastejar sem nem conseguir trancar a porta enquanto voltava para o colchão do quarto.

Acordei com dor de cabeça e com as costas pegando fogo de tanto tempo expostas ao sol, meio tonto levantei meu tronco apoiando os braços contra o chão, estava tudo girando, minha boca seca assim como meu sangue pelo chão e rosto.
- Ai...
Voltei a me abaixar apoiando a cabeça nas mãos juntas relembrando o que havia acontecido. Aparentemente fui apunhalado por tras, e em algum lugar da cabeça tinha um corte que a algum tempo já havia parado de sangrar, levatei o rosto olhando o ceu agora com as nuvens cobrindo o sol que logo iria se por.
- Quanto tempo fiquei apagado?
Me sentei melhor reclamando de dor nas costas ressecadas, passei uma mão pela cabeça encontrando o pequeno corte próximo ao ouvido que sangrou horrores, lentamente me levantei cambaleando um pouco como um bêbado e me segurei na parede ganhando apoio. Pior escolha feita, normalmente demônios não são atingidos por feromonios, mas aquele ômega estava tao... excitado, que consegui localiza-lo de imediato apenas por me aproximar da porta.
- Esse cheiro...
Nunca havia sentido algo assim antes, fui seguindo o odor esbarrando onde lubrificante pelo caminho, assim como alguns moveis que me tiraram do transe, ao chocar a perna contra o pé da cadeira me despertei de imediato e percebi então o que estava fazendo. Parei no caminho olhando envolta e encontrando a pia da cozinha onde joguei uma agua no rosto para me manter consciente e tirar o sangue seco, passei um bom tempo ali me limpando e tentando recuperar minhas costas que ficou tempo demais exposta ao sol.

Estava a horas usando os dedos como alívio, ficar muito tempo com uma ereção chegava a ser doloroso sem falar na mão cansada mas o corpo inquieto. Parei para respirar com a mão dolorida e pude novamente sentir ele se aproximar.

- acordou...

Meu corpo se lubrificou como antes e tive um orgasmo seco tremendo, desejando ter meu corpo machucado por aquele homem, até que meu período acabasse.

- aaah!

Agora não sentindo tanta dor pude me concentrar no ambiente em minha volta, uma caverna mobilhada como uma casa era interessante a ideia de quem vivesse ali, um bom refúgio dificilmente encontrado, provavelmente esse era o objetivo por ser um omega.
E falando em omega fui logo atingido pelas feromonias que pareciam ainda mais fortes dm direção a uma porta mais alem, definitivamente ele estava ali. Fui me aproximando até tocar na porta recebendo um gemido alto. Sim estava ali.

- me deixe ajudar... Eu não sou um Alfa, não lhe farei nada.

Não obtendo resposta coloquei minha mão sob a maçaneta abrindo lentamente a porta e me deparo com um homem muito bonito de fios negros e pele clara levemente ruborizado nos pontos de pressão em silêncio me encarando e cobrindo as partes íntimas.

- desculpe invadir sua casa assim... Pensei que te encontrar antes dos outros seria.... Melhor para você.

Ele não dizia nada apenas briu as pernas como se chamasse por mim.

Pense! Ele estava vindo, se proximando lentamente e parou... Ele parou na metade do caminho, ótimo, ganhei mais um tempo, o que faria quando entrasse? Tento me concentrar no meus pensamentos evitando me perder no desejo de ter alguém dentro de mim.

A maçaneta se move e a porta abre, lá estava a criatura, o mesmo que desmaiei com a panela, estava com uma aparência cansada, claro que estava a pressão de estar no topo da montanha e respirando meus feromônios diretamente deveria sufoca-lo, apertar seu pulmão até morrer asfixiado.

Meu corpo se move sozinho abrindo as pernas revelando meus dedos abusando do meu corpo, se conseguiu vir até mim, só precisava me preencher antes ao menos uma vez antes de se tornar um difunto na minha porta.