Apenas mais um serviço | Hiroshi e Miki

Estava dirigindo a motocicleta que havia pego emprestada com a recepcionista da casa de massagem onde trabalhava. Dirigia com uma certa velocidade, almejando chegar logo em meu destino. Uma pessoa havia ligado para o meu local de trabalho, exigindo serviço de algum massagista talentoso. E bem, lá estava eu, indo para a casa de um completo estranho. Dirigi por mais alguns metros até chegar no lugar que o cliente havia ordenado para o encontro: em meio àquelas construções feias da zona pobre de Tóquio, a casa até se destacava. Estacionei a moto na frente, tocando a campainha e aguardando-o abrir.

— Hum.. será que é um daqueles velhos tarados que fazem de tudo comigo? — Comentei comigo mesmo, baixinho. — O último tentou fisting e bem... não correu muito bem. Talvez seja alguém normal, uma vez na vida.

* Ao ouvir a campainha dei aos empregados uma indicação vocal de que eu mesmo iria até ao portão. Atravessei os corredores múltiplos da casa, tendo cuidado em não deixar o meu kimono azul-marinho prender-se em nenhum sítio, afastando os cabelos da franja do rosto, sentinso comichão. Abri a porta para o exterior e troquei para uns sapatos facilmente descartáveis, andando sobre a calçada de pedra, indo até ao portão. *

- Boa noite. Nome e propósito nesta casa, por favor. - * Pedi, calmame te colocando uma mão na tranca do portão, esperando uma resposta antes de pensar sequer em abrí-lo. *

— Boa noite. Me chamo Hiroshi e meus serviços foram solicitados por alguém que reside aqui. Sou um massagista, senhor. — Digo, fazendo uma reverência delicada e voltando minha atenção para ele. — Espero não ter cometido um engano..

* Fiz um som de confirmação do outro lado, começando a destrancar o portão e finalmente abrindo-o para passagem, dando-lhe um ligeiro sorriso. *

- Não, estás certíssimo! Fui eu mesmo quem ligou. Ah, não me chames senhor, ainda sou novo demais para isso! Bom, segue-me, por favor. Ah, podes deixar a moto aqui dentro se preferires. - * Disse, olhando o veículo e logo dirigindo a minha atenção a ele, esperando que me acompanhasse. *

— Huh... ela pode ficar do lado de fora, sem problemas. — O acompanho para dentro da casa, admirando o lugar após adentrá-lo. Cruzo os braços, um tanto sem jeito. — Bem, o senhor vai querer somente a massagem? — Pergunto, meio envergonhado.

* Assenti e guiei-o pelos corredores e pequenas salas da casa até um corredor apenas com salas de portas vermelhas. Entrei numa e tranquei a porta atrás de mim. *

- Bom, primeiro, não me chames senhor~! - * Pedi, quase mandando, obviamente mostrando o quanto desprezava ser chamado daquela maneira. Suspirei levemente e sentei-me na borda da enorme cama daquele quarto, que era no estilo medieval, tendo cortinas a toda a volta. *

- Bem, digamos apenas que eu sei o que faço. Mas, bom, nesse assunto, erhm... Eu nunca recebi uma massagem... Doí...? - * Perguntei, meio envergonhado, acanhado com a estupidez da pergunta mas sendo sincero. *

Neguei com a cabeça, ficando de pé e mexendo em meus dedos. — Só se você quiser sentir dor... — Digo, percebendo que ele não havia compreendido exatamente o que queria dizer, o que fora um alívio, na verdade. — Você quer sentir dor?

- Bom, de preferência, não enquanto me estiveres a mexer diretamente nos músculos... - * Respondi, com um pingo de sarcasmo na frase, logo pondo-me de pé. *

- Apenas, hm... Faz o que achares melhor! Já agora, a razão por que te chamei a ti e não apenas a um prostituto foi porque realmente preciso de uma massagem... parece que o meu braço vai cair do corpo... - * Justifiquei, levando uma mão ao ombro esquerdo e rodando-o, sentindo e ouvindo o sítio ranger um pouco. *

— Certo... pode tirar a blusa e deitar-se na cama... — Digo, retirando uma pequena embalagem da mochila, esperando ele fazer o que pedi.

* Assenti e tirei as minhas roupas, acabando por ficar só de meias e com umas leggings que me chegavam a meio das canelas. Peguei numa almofada e deitei-me sobre a cama de barriga para baixo abraçado a ela, relaxando ligeiramente. Dava para ver que o meu corpomera bem desenvolvido, com músculos saltantes mas elegantes incorporados no meu corpo de proporções ligeiramente femininas, incluindo a cintura esguia e os peitorais ligeiramente inchados por natureza, semelhantes a pequenos seios. *

- Hm... - * Desviei o olhar para ele, curioso com o que fazia. *

- Podes fechar as cortinas à volta da cama...? Torna tudo mais confortável, garanto...