Gentle Hands

-ah... que belo dia para dar uma corrida...- inspirei fundo e fiz um mini aquecimento ando logo inicio a corrida.

* Virava-me e tentava soltar-me do que quer que fosse que estava preso na minha vauda, espetando na carne e fazendo-a sangrar, o mesmo passando-se com o meu tronco e braços. Eram pedaços de utensílios humanos que eu não sabia identificar para além disso... Desisti, ficando quieto e começando a lacrimejar, pensando se aquilo seria o meu fim... Sem poder voltar ao mar, magoado e preso entre os rochedos... Comecei a chorar alto, assustado, gritando por ajuda, sentindo o que eu não sabia ser cacoa de vidro e variados plásticos cortar mais ainda o meu corpo delicado. *


So, umas coisinhas: o Tatsuya normalmente tem escamas esverdeadas nos ombros, peito, bochechas, nariz, na testa (um nadinha entre as sobrancelhas) nas costas das mãos e nos cotovelos, que são iridescentes, ou seja, fazem o mesmo que os CDs: na luz elas mostram imensas cores. Ele tem uma cauda gigantes de quase 3 metros que é super forte e tem riscas castanhas pela cauda e um pouco do tronco por ser 25% Peixe-Dragão. Os olhos dele tem aquelas pupilas afiadas mas aumentam e diminuem com a luz, como os humanos (e também ppdemnficar redondas, mas ficam naquele tracinho predador quando ele se assusta ou assim). O cabelo dele é um tanto comprido, puxado para trás, mas quando está na forma humana é como na imagem e usa óculos (sem graduação nenhuma) para disfarçar as pupilas graças ao reflexo das lentes. Tem também barbatanas pequenas entre os dedos e umas nos antebraços. Ah, e ele é seke porque por muito novo e fofinho que pareça na sua forma humana, ser 50% predador e 25% venenoso dá-lhe uma relação quase que automaticamente dominante com quem está, visto poder ser intimidante.

* A minha cauda automaticamente enrolou-se à sua volta, para que eu nâo caísse. Permaneci quieto durante o caminho, hora ou outra reajustando inconscientemente o meu corpo nos seus braços para ficar mais confortável. Quando me pousou numa superfície plana, a minha cauda afrouxou o aperto no corpo dele e enrolou-se à minha volta, tal e qual uma cobra faria. *

Chegando a casa pousei a criatura com cuidado na cama, ouvindo passos atras de mim e uma voz trêmula

-o-o que é...i-i-isso?

Voltei dando de cara com o yuuji apavorado, cocei a nuca olhando a criatura- bom...ergh eu também não sei, mas parece me algo humano não?

-humano!!! Isso não tem nada de humano!! Enlouqueceu ?!

Afaguei os cabelos do yuuji segurando no seu rosto com gentileza- Yuu... seja o que isto for estava ferido... tu sabes que não seria capaz de ignorar... acalma te sim?

Vi-o assentir pesquisando com o olhar a criatura, voltando costas e minutos depois aparecendo com ligaduras e afins, sorri de canto.

-obrigado...

* Mordi levemente o lábio, arfando, as feridas começando a infeccionar. Apenas apertei mais a cauda à minha volta, agarrandoncom força os lençóis da cama, o meu sangue manchando os tecidos. *

Sobre saltei quanto vi o garoto se contorcer.

-não, não faças isso...yuuji!... dá me o desinfestante e segura-lhe na cauda!

Assenti e fiz o mais rápido que pude o que ele me pediu, vendo o sofrimento da criatura, como ela teria ficado daquela forma?
Agarrava-o o melhor que podia, mas a cauda era obviamente bem mais forte que eu, me fazendo balançar um pouco.

* Com aquilo arregalei os olhos, dando um som que parecia com o de uma cibra enfurecida, misturado com um grito de dor humano. Quando a dor ficou mais fraca deixei-me cair de volta no colchão, ainda desmaiado. *

-bom vamos deixa-lo a respousar, desmaiou por causa da dor mas logo há de acordar... eu tenho que ir resolver uns assuntos, podes tomar conta dele por mim?

Encarei o homem com não muita felicidade -não... não tem como eu conseguir cuidar disso, ele quase me atirou do quarto para fora!- bati o pé de bochechas cheias que nem criança, vendo o homem já bem perto da porta gritando "obrigado yuu! Até mais logo!"-arrrgh bakaaaa!

Olhei a criatura e logo para mim ainda menos contente "bonito, terei de tomar outro banho, que bela prenda tu me saíste ..." falando para mim fui de novo para o banheiro.

*Fiquei quieto, respirando lentamente e arfando um pouco, encolhido, débil. De vez em quando tremia levemente, logo parando.*

Lavei me rápido só para tirar o "cheiro a peixe" e algum sangue, vestindo me e secando no banheiro.

Voltando ao quarto arrastei uma cadeira para perto dele e sentei me bem perto o observando "Hum essa coisa definitivamente não é humana, mais parece com as gravuras de sereia que tenho guardadas", estiquei o braço e toquei de leve o seu rosto com o indicador .

-hey... você tá vivo ainda?

*Encolhi-me levemente mas permaneci quieto, calmo. Lentamente, comecei a esticar a minha cauda e as barbatanas, assim como os braços e as costas, espreguiçando-me. Voltei à posição inica, desta vez coma cauda esticada, e abri os olhos, olhando devagarinho pelo quarto até que encontrei alguém à minha frente. Elevei-me uns 5cm com os braços para o poder olhar, espantado.*

- ...Olá...

*Disse, baixinho, pestanejando curiosamente e olhando-o, observando os seus movimentos mais pequenos e as suas características físicas.*

Afastei me por impulso mal o vi mexer se, quando ele parou e falou eu fique preplexo.

-tu f-f-falas a minha língua?!

Certamente estaria a ouvir coisas, por outro lado também estava cheio de curiosidade por isso voltei a posição inicial.

-o que é que tu és? - perguntei inosentemente

* Arregalei levemente os olhos, surpreendido com a sua reação, mas logo voltei ao meu normal calmo e curioso. *- Sim... Eu nasci nas águas deste país, então... Sei a mesma língua que tu...* Disse, ainda olhando-o com curiosidade, inclinando a cabeça para o lado. *- Eu sou o que vocês chamam de sereia ou sirena... Mas sou um macho, então sou mais especificamente um tritão... Podes chamar-me o que quiseres, eu não me sentirei ofendido... O... O meu nome é Tatsuya... E o teu?* Perguntei, instintivamente inclinando-me um pouco mais na sua direção, curioso, as barbatanas na cintura abanando levemente. *

Pisquei os olhos batendo com a mão fechada na outra-então eu estava certo! O meu nome? -tentei não me afastar ele poderia levar a mal mas me encolhi ligeiramente- y-yuuji... mas pode chamar yuu só- sorri notando as barbatanas abanarem tal com a cauda de um cachorro.

-é verdade! você não precisa estar na água para sobreviver!?

* Sorri levemente, achando engraçada a sua expressão ao ter-lhe revelado aquela informação. Com cuidado sentei-me no colchão, a minha cauda escorregando para o chão, a barbatana colorida e translúcida na ponta acariciando o chão. *- Bem... Sim, mas... Para já ainda não estou muito seco... Podes passar-me essa toalha? Vou mostrar-te uma coisa.* Segurei na toalha branca que me doi dada e amarrei-a em torno da cintura, logo fechando os olhos e inspirando fundo. Uma luzinha fraca e fosca brilhou do meu corpo e logo a minha cauda foi substituída por um par de pernas compridas e bem desenvolvidas, as barbatanas sumindo juntamente com as escamas e o meu cabelo ficando bem mais curto. Sorri-lhe levemente e ri baixinho, dobrando os joelhos e abraçando-os junto do peito apesar de estarem cobertos de ligaduras. *- Tarã~! Posso "virar humano"... O que achas?

Arraglei os olhos de tão incrédulo que estava.

-como fez isso?! Como é que sua barbatana virou pernas?!

Sem sequer pensar avancei para as suas pernas.
-como?!

* Dei um sorriso mais largo, olhando-o. *- "Sereias" têm duas habilidades que podem ser consideradas mágicas: telepatia entre a nossa espécie e isto, que é uma espécie de camuflagem. Desde que eu esteja fora da água, posso mudar para esta forma, mesmo estando molhado. Quando fico completamente seco, no entanto, o meu corpo transforma-se sozinho, para protejer as minhas escamas e cauda dos raios ultra violeta e das altas temperaturas!* Expliquei, olhando-o, vendo a curiosidade brilhando nos seus olhos vermelhos. Comecei a cheirar o ar, logo dirijindo o olhar para ele novamente. *- Esteve aqui mais um humano... Macho... E mais velho... É algum conhecido teu?

-eeeh?! também tens super olfato?! -quase que berrei que nem garota em um concerto, com os meus olhos brilhando ainda mais.

-esteve sim, o meu do... o dono da loja, ele é que te salvou!!! De facto ele é um coração mole, não pode ver ninguém ferido ou a passar mal ... ele ajuda sempre quem precisa...-corei enquanto dava a explicação.- mas também é um ideota! Deixa sempre tudo para mim!

* Assenti, rindo levemente baixinho. * - Bem, sim... A minha composição genética é 50% humano, 25% cobra e 25% peixe-dragão. As cobras têm de ter um nariz bem apurado para caçar as suas presas.

* Expliquei calmamente, logo ouvindo-o com um sorriso gentil no rosto. * - Bom, ele com certeza faz isso porque confia em ti, Yuu... E isso é muito, muito bom. - * Estiquei a mão e pousei calmamente a palma no topo da sua cabeça, afagando num carinho. Tive cuidado para não lhe tocar com os dedos, temendomquemo fosse magoar com as garras. *

-sim... acho que tem razão...-sorri de novo calmamente, apreciando o toque estranho mas ao mesmo tempo agradável da sua mão, pegando nela-hum? tem garras? Olha lá não era suposto virar humano, nos não temos isso...

*Encolhi levemente os ombros.* - Bem, há algumas exceções... As minhas garras, presas e os reflexos do cabelo continuam presentes.

*Disse, deixando-o observar as minhas mãos.* - Não te esqueças que é apenas um mecanismo de defesa, nós nunca ficaríamos totalmente vulneráveis.

*Expliquei, tocando a ponta do seu nariz com o dedo, rindo levemente ao ver a sua carinha surpresa.* - Bem... Onde estamos? E... Bolas, aquela cobra mordeu-me mesmo forte, hã...? - *Coloquei a mão livre sobre a barriga, vendo-a cheia de ligaduras, lembrando-me de que, enquanto dormia, uma cobra com veneno paralisante me tinha mordido, e a última coisa de que me lembrara era que tinha ido parar àquela costa.*

-estamos em minha casa! Neste momento estás no meu quarto que tamebem é onde costumam ficar as visitas! A casa é bem pequena porque teve de ser dividida entre studio e loja...-explique enquanto brincava com a sua mão que me deixava bastante fascinado.

-Como é que foste mordido por uma cobra? Deixas-te a tua guarda baixa?-olhei o local onde ele colocava a mão preocupado-ainda dói muito? ...

*Ouvi-o com atenção, assentindo com o leve sorriso sempre presente no meu rosto.*

- Eu estava a dormir quando fui mordido... Ah, dói um pouco, nada que eu não aguente. - *Voltei a pousar a mão sobre a sua cabeça, soprando alguns fios para longe do seu rosto, logo deixando-o segurar a minha mão e olhei-a também, curioso.* - Hm... São assim tão diferentes...?

Assenti- Isso vai melhorar logo logo!

-São então não se vê ?- Estiquei uma das minhas mãos ao lado da sua e comecei a apontar com a outra livre- Primeiro a minha mão não tem agarras, segundo é mais pequena, Hum... também não tem escamas ou reflexos e a pele parece me ser mais suave...-Fiz uma breve pausa e separei os seu dedos deixando a mostra uma espécie de membranas- também não tenho isto...-Apontei passando o dedo sobre o tecido algo fino